Não tem sentido, portanto, críticas a estas, seja a questão da educação e inovação, seja a questão da infraestrutura e a tributária, ou mesmo a do câmbio e dos juros. Se o governo não estivesse atento a estas áreas e nem adotando medidas nestas áreas, aí sim a crítica procederia.
Mas, como os investimentos na infraestrutura são crescentes, as concessões e parcerias um fato, o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico (PRONATEC, o projeto de implantação de escolas técnicas) as aplicações em ciência, tecnologia e inovação uma realidade, os avanços na educação um fato, grande parte das críticas peca pela procedência.
Críticas de caráter quase oportunistas e inoportuno
Se considerarmos, também, que os juros (a taxa Selic) continuam em queda e a defesa comercial e as medidas cambiais uma são uma realidade, não posso deixar de destacar o caráter quase oportunista e inoportuno das críticas.
Não reconhecer que o governo articula uma série de medidas para defender nossa indústria, como a exigência de alto percentual de conteúdo nacional, de transferência de tecnologia, de associação com empresas nacionais, as adotadas sobre compras governamentais, as desonerações fiscais, a redução do custo dos empréstimos e a expansão do crédito é fazer oposição pela oposição.
Cumpre mais é se debruçar sobre as medidas de fato contidas na série de providências anunciadas. Em seu conjunto elas representarem um estímulo de R$ 60,4 bi para alavancar o desenvolvimento do setor industrial. Compreendem, por exemplo, a capitalização do BNDES, que vai ampliar a concessão de crédito a juros mais baixos - o banco, inclusive, já anunciou as novas taxas reduzidas; a desoneração da folha de 15 setores que vai custar a significativa economia para as empresas de R$ 7,2 bi ao ano; o aumento da tributação sobre bebidas; e a redução do IPI dentro de um novo regime automotivo.
O BNDES reduz juros de linhas de crédito
No BNDES, no caso do Programa de Sustentação do Investimento (PSI), que financia máquinas e equipamentos, por exemplo, as taxas de juros foram reduzidas de 8,7% para 7,3% ao ano, no caso de grandes empresas, e de 6,5% para 5,5%, para micro, pequenas e médias empresas.
O banco, de quebra, também deverá fornecer mais acesso a linhas de capital de giro - que também poderão ser contratadas por grandes empresas, até o limite de R$ 50 milhões, com juros reduzidos para até 9% ao ano.
Foto Wilson Dias/ABr
Blog do Zé Dirceu
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