Por: Ricardo Miranda
As parcerias da Prefeitura de Juiz de
Fora com entidades privadas para gerenciar as Unidades de Pronto
Atendimento (UPAs) ou mesmo a proposta de adoção de um modelo
Margarida em entrevista à Rádio Solar |
semelhante no novo Hospital de Urgência e Emergência serão revistas numa eventual administração da candidata Margarida Salomão (PT). "Como estratégia por um determinado momento, até por não haver quadros suficientes na Prefeitura, seria compreensível, mas precisamos investir em concursos públicos, recrutar pessoal efetivo, oferecer carreira." Para ela, áreas como educação, saúde e segurança "são públicas e precisam de servidores públicos". "Vamos estudar essas questões sempre protegendo o trabalho, porque temos compromissos também com as pessoas que estão trabalhando com contratos precários." A petista participou, na manhã de ontem, da série de entrevistas com os concorrentes ao Executivo promovida pela Rádio Solar AM. Ela conversou, entre 11h e meio-dia, com o apresentador do programa Rádio Vivo, Marcelo Juliane, e os repórteres Ricardo Miranda e Maurício Oliveira.
Também em relação à saúde, a candidata defendeu amplo diálogo com representantes dos profissionais do setor e prometeu buscar mais recursos junto ao Governo federal. Ressaltando a importância da área para sua campanha, ela antecipou a presença do ministro da Saúde, Alexandre Padilha, em Juiz de Fora amanhã. Margarida disse que as parcerias com a União vão ajudar ainda a reestruturar a assistência social no município. "A assistência social hoje no município está completamente desconstruída por conta deste conflito desnecessário que se estabeleceu entre a Amac, com sua tradição de bons serviços prestados ao longo de sua existência, de bons programas, inclusive premiados nacionalmente, e uma competidora na área de prestação de serviços que é a Secretaria de Assistência Social." Segundo ela, a situação da Amac não se resolve sem comprometimento político. "Tenho compromisso político de resolver o caso da Amac."
Intervenções são 'band-aid em alguém gravemente ferido'
Quanto às obras viárias com previsão de início ainda para este ano, Margarida comprometeu-se, caso eleita, a dar continuidade a todos os projetos. "As obras vão continuar. São investimentos da Prefeitura. As dívidas contraídas são do município. As obras não são do (prefeito) Custódio Mattos (PSDB). A Margarida eleita vai executar essas obras, mas elas são insuficientes para resolver o problema do transporte de Juiz de Fora. A solução passa pelo investimento no transporte coletivo." Ela tratou as intervenções que vêm sendo feitas como "band-aid em alguém gravemente ferido". "O sistema precisa ser reestruturado de forma ampla. Há falta de competência no setor de transporte em Juiz de Fora que acaba gerando resultados lesivos aos usuários do sistema."
Para a candidata, a licitação do transporte público coletivo é necessária por razões legais. "Mas o fato de não fazer (licitação) não isenta a Prefeitura de planejar o transporte." Ainda em relação à questão do transporte e trânsito, Margarida defendeu a transposição da linha férrea para fora da cidade. "Os recursos são da ordem de R$ 600 milhões. Não é pouco dinheiro, mas não é muito para uma cidade do porte de Juiz de Fora. Precisamos de investimentos de porte. Tirando de dentro da cidade (as composições de carga), vamos ter os trilhos para transporte de passageiros."
Por fim, Margarida revelou ter o compromisso quanto à participação do ex-presidente Lula em sua campanha. "Lula me disse pessoalmente que prioriza Juiz de Fora nos seus deslocamentos ainda no primeiro turno." Ela também antecipou a presença da ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello, no lançamento de seu programa de governo.
Tribuna de Minas
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