Representantes de movimentos sociais e partidos políticos realizaram na noite de quarta-feira (5) um ato-festa em apoio à reeleição do presidente da Venezuela. A correspondência entre as lutas brasileiras e venezuelanas, a defesa do fortalecimento da integração entre os países da América do Sul e a cobertura midiática do pleito foram alguns dos pontos discutidos pelos presentes.
Hector Luz
São Paulo - Militantes de diversos setores da
esquerda brasileira e latino-americana realizaram na noite dessa
quarta-feira (5) na Casa de Portugal, em São Paulo (SP), um ato-festa em
apoio à reeleição do presidente venezuelano Hugo Chávez. O ato, que
contou com a participação de cerca de 200 pessoas, foi organizado pelo comitê Brasil está com Chávez,
em alinhamento à declaração do XVIII Foro de São Paulo, em que foram
convocadas “as forças de esquerda e progressistas a apoiarem a
democracia venezuelana e rejeitar as tentativas de desestabilização da
direita”. As eleições na Venezuela acontecem em 7 de outubro.
O ato iniciou-se com a apresentação de vídeos com depoimentos de apoio de personalidades, como o ex-presidente Lula. Seguiu-se, então, apresentação do músico Pedro Munhoz, que entoou letras engajadas, como Canção da Terra, e o jingle da “Campanha Brasil está com Chávez!”.
A mesa, composta por representantes de diversos setores da esquerda latino-americana, foi bastante elogiada pelos presentes, que enalteceram a unidade em prol da causa venezuelana. Como salientou Ricardo Abreu Alemão, do PCdoB, a vitória de Chávez “também será uma vitória dos brasileiros que lutam pela democracia e direitos sul-americanos”. Ressaltando tal unidade, João Pedro Stédile, dirigente do MST, afirmou o apoio unânime dos 33 movimentos camponeses do Brasil ao processo venezuelano.
Inicialmente, compuseram a mesa, além do mediador Rubens Diniz, da Cebrapaz: Valter Pomar (Foro de São Paulo), João Pedro Stédile (MST), Ricardo Abreu Alemão (PCdoB), o escritor Fernando Morais, Nalu Farias (Marcha Mundial de Mulheres), Daniel Iliescu (UNE), Plínio de Arruda Sampaio (Psol), Adriano Diogo (deputado estadual - PT/SP), Nivaldo Santana (CTB), Ricardo Gebrim (Consulta Popular), Socorro Gomes (Cebrapaz), Max Altman (FPA) e Lázaro Méndez (cônsul de Cuba no Brasil). Posteriormente, outros passaram a também compor a mesa, como o embaixador da Venezuela no Brasil Maximilien Sánchez Arveláiz.
A correspondência entre as lutas brasileiras e venezuelanas, no contexto das latino-americanas, foi apontada por vários dos presentes: “nossos inimigos são os mesmos”, afirmou Rubens Diniz. A defesa do fortalecimento da integração entre os países da América do Sul também foi ponto comum, sendo ressaltada a necessidade de fazê-la com “conteúdo social” e mantendo um “horizonte com transformação social”, nas palavras de Valter Pomar.
Outra questão que recebeu grande atenção da maior parte da mesa foi a cobertura midiática sobre as eleições na Venezuela. Segundo Stédile, a grande mídia brasileira apresenta “amor por [Henrique] Capriles”, candidato opositor a Chávez. Fernando Morais demonstrou suas “preocupações com a escandalosa campanha que a imprensa brasileira faz contra a Venezuela e Chávez”. Ao citar os cotidianos insultos propagados contra Chávez em grandes jornais venezuelanos, ressaltou também a liberdade de expressão existente no país sul-americano, constantemente colocada em dúvida pela mídia no Brasil. “Nada mais eloquente que a verdade”, finalizou o jornalista.
O evento encerrou-se com as apresentações de Thobias da Vai-Vai e da banda venezuelana Tambores Bomboyá, retomando o caráter festivo e visando promover uma integração não somente política e social, mas também cultural, como observou Rubens Diniz.
O ato iniciou-se com a apresentação de vídeos com depoimentos de apoio de personalidades, como o ex-presidente Lula. Seguiu-se, então, apresentação do músico Pedro Munhoz, que entoou letras engajadas, como Canção da Terra, e o jingle da “Campanha Brasil está com Chávez!”.
A mesa, composta por representantes de diversos setores da esquerda latino-americana, foi bastante elogiada pelos presentes, que enalteceram a unidade em prol da causa venezuelana. Como salientou Ricardo Abreu Alemão, do PCdoB, a vitória de Chávez “também será uma vitória dos brasileiros que lutam pela democracia e direitos sul-americanos”. Ressaltando tal unidade, João Pedro Stédile, dirigente do MST, afirmou o apoio unânime dos 33 movimentos camponeses do Brasil ao processo venezuelano.
Inicialmente, compuseram a mesa, além do mediador Rubens Diniz, da Cebrapaz: Valter Pomar (Foro de São Paulo), João Pedro Stédile (MST), Ricardo Abreu Alemão (PCdoB), o escritor Fernando Morais, Nalu Farias (Marcha Mundial de Mulheres), Daniel Iliescu (UNE), Plínio de Arruda Sampaio (Psol), Adriano Diogo (deputado estadual - PT/SP), Nivaldo Santana (CTB), Ricardo Gebrim (Consulta Popular), Socorro Gomes (Cebrapaz), Max Altman (FPA) e Lázaro Méndez (cônsul de Cuba no Brasil). Posteriormente, outros passaram a também compor a mesa, como o embaixador da Venezuela no Brasil Maximilien Sánchez Arveláiz.
A correspondência entre as lutas brasileiras e venezuelanas, no contexto das latino-americanas, foi apontada por vários dos presentes: “nossos inimigos são os mesmos”, afirmou Rubens Diniz. A defesa do fortalecimento da integração entre os países da América do Sul também foi ponto comum, sendo ressaltada a necessidade de fazê-la com “conteúdo social” e mantendo um “horizonte com transformação social”, nas palavras de Valter Pomar.
Outra questão que recebeu grande atenção da maior parte da mesa foi a cobertura midiática sobre as eleições na Venezuela. Segundo Stédile, a grande mídia brasileira apresenta “amor por [Henrique] Capriles”, candidato opositor a Chávez. Fernando Morais demonstrou suas “preocupações com a escandalosa campanha que a imprensa brasileira faz contra a Venezuela e Chávez”. Ao citar os cotidianos insultos propagados contra Chávez em grandes jornais venezuelanos, ressaltou também a liberdade de expressão existente no país sul-americano, constantemente colocada em dúvida pela mídia no Brasil. “Nada mais eloquente que a verdade”, finalizou o jornalista.
O evento encerrou-se com as apresentações de Thobias da Vai-Vai e da banda venezuelana Tambores Bomboyá, retomando o caráter festivo e visando promover uma integração não somente política e social, mas também cultural, como observou Rubens Diniz.
Carta Maior
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