Em artigo publicado no domingo no Estadão e em O
Globo, o ex-presidente tucano FHC fala grosso e se assanha no que
pretende ser um “julgamento” dos dois mandatos de Lula à frente da
Presidência da República. Mas as pesquisas e as urnas continuam não lhe
dando razão. Faz críticas totalmente sem sentido e sem autoridade.
Lula e Dilma, tanto na crise de 2008-09 como agora, reduziram como nunca os impostos enquanto no governo de FHC a carga tributária subia 7%. Elogia o fim da CPMF, mas a saúde vai mal entre outras coisas por falta de recursos.
Joga pedra no Pré-Sal, descoberto no governo Lula, e na Petrobras. Critica o conteúdo nacional, mas em seu governo a Petrobras estagnou e quase foi privatizada. Ninguém esqueceu a Petrobrax.
FHC lança mau agouro sobre nossa capacidade de desenvolver tecnologia e reduzir os custos do Pré-Sal, e cita o caso norte-americano como um risco para a Petrobras, numa prova cabal do complexo de vira lata que domina o tucanato. Como pode o ex-presidente tucano criticar a política energética de Lula se no governo tucano vivemos o apagão e a privatização desastrada que agora estamos saneando? Basta citar o exemplo da CELPA (Pará) e da REDE.
Fala ainda do etanol. Mas nos seus oito anos em que esteve no Planalto, não fez nada pelo programa, resgatado por Lula. Cita os atrasos em obras como a Transnordestina e a chamada transposição do São Francisco, mas se esquece da crise que o mundo vive, impondo e exigindo do Brasil alongamento nos prazos de investimentos públicos.
Sua tentativa de separar os governos Dilma e Lula, copiando o discurso da mídia conservadora, não corresponde aos fatos. Basta comparar o segundo governo Lula com o primeiro, para constatar grandes mudanças e diferenças, mas sempre no mesmo rumo e direção.
Assim como agora, no governo Dilma, vivemos uma conjuntura mundial completamente diferente daquelas enfrentadas por Lula. E os desafios do governo Dilma – que os vem enfrentando – são outros.
FHC fala de reformas, mas oculta que seu partido as bloqueia onde quer que esteja governando. Por exemplo, como no caso da reforma tributária, em que os tucanos defendem os privilégios dos estados que governam, São Paulo e Minas.
De forma absolutamente conveniente, esquece-se igualmente da reforma política, que seu partido também boicota, com medo das urnas sem o financiamento privado e o voto uninominal que, por sinal, são as principais causas do encarecimento cada vez maior das eleições e da influencia do poder econômico. Sem falar dos vícios e da corrupção, novamente exposta no caso Cachoeira-Demostenes-Marconi, num governo do PSDB.
O que diz o ex-presidente
"Dilma Rousseff recebeu o fardo de um estilo bombástico de governar que esconde males morais e prejuízos materiais comprometedores", diz o ex-presidente no artigo. Ele começa o artigo falando sobre a "crise moral". Diz que Lula deixou de fazer as reformas politicamente custosas e chega a elogiar a extinção da CPMF – "a oposição conseguiu suprimir, cortando impostos" mas, acentua, "a derrama continuou impávida".
Segundo o tucano, o que mais pesa como herança é a desorientação da política energética (o rei do apagão com essa cobrança!!!). Condena o que chama de “a formação a fórceps de estaleiros nacionais para produzirem navios tanque para a Petrobras”, afirmando que, passaram-se meses para descobrir-se que o custo não fez jus a tanta louvação. E ainda cita os “atrasos da transposição do São Francisco ou da Transnordestina”.
“Foi preciso substituir o companheiro que dirigia a Petrobrás para que o país descobrisse o que o mercado já sabia, havendo reduzido quase pela metade o valor da empresa”, provoca. Segundo FHC, o custo da refinaria de Pernambuco será 10 vezes maior do que previsto e há mais três refinarias prometidas que deverão ser postergadas ad infinitum.
Ele também aponta que o preço da gasolina, controlado pelo governo, não é compatível com os esforços de capitalização da Petrobras. Já em relação ao etanol diz que “como consequência de seu barateamento forçado”, a política na área se desorganizou a ponto de precisarmos importar etanol de milho dos EUA.
Voltando à questão do petróleo, afirma que “no rosário de desatinos, os poços secos, ocorrência normal neste tipo de exploração, deixaram de ser lançados como prejuízo, para que o país continuasse embevecido com as riquezas do Pré-Sal”.
E alfineta: riquezas que “só se materializarão quando a tecnologia permitir que o óleo seja extraído a preços competitivos, que poderão se tornar difíceis com as novas tecnologias de extração de gás e óleo dos americanos”.
Em relação à Petrobras, boa parte das provocações, copiadas dos jornais, o ex-presidente da Petrobras Jose Sergio Gabrielli já respondeu (clique aqui para ter acesso).
Lula e Dilma, tanto na crise de 2008-09 como agora, reduziram como nunca os impostos enquanto no governo de FHC a carga tributária subia 7%. Elogia o fim da CPMF, mas a saúde vai mal entre outras coisas por falta de recursos.
Joga pedra no Pré-Sal, descoberto no governo Lula, e na Petrobras. Critica o conteúdo nacional, mas em seu governo a Petrobras estagnou e quase foi privatizada. Ninguém esqueceu a Petrobrax.
FHC lança mau agouro sobre nossa capacidade de desenvolver tecnologia e reduzir os custos do Pré-Sal, e cita o caso norte-americano como um risco para a Petrobras, numa prova cabal do complexo de vira lata que domina o tucanato. Como pode o ex-presidente tucano criticar a política energética de Lula se no governo tucano vivemos o apagão e a privatização desastrada que agora estamos saneando? Basta citar o exemplo da CELPA (Pará) e da REDE.
Fala ainda do etanol. Mas nos seus oito anos em que esteve no Planalto, não fez nada pelo programa, resgatado por Lula. Cita os atrasos em obras como a Transnordestina e a chamada transposição do São Francisco, mas se esquece da crise que o mundo vive, impondo e exigindo do Brasil alongamento nos prazos de investimentos públicos.
Sua tentativa de separar os governos Dilma e Lula, copiando o discurso da mídia conservadora, não corresponde aos fatos. Basta comparar o segundo governo Lula com o primeiro, para constatar grandes mudanças e diferenças, mas sempre no mesmo rumo e direção.
Assim como agora, no governo Dilma, vivemos uma conjuntura mundial completamente diferente daquelas enfrentadas por Lula. E os desafios do governo Dilma – que os vem enfrentando – são outros.
FHC fala de reformas, mas oculta que seu partido as bloqueia onde quer que esteja governando. Por exemplo, como no caso da reforma tributária, em que os tucanos defendem os privilégios dos estados que governam, São Paulo e Minas.
De forma absolutamente conveniente, esquece-se igualmente da reforma política, que seu partido também boicota, com medo das urnas sem o financiamento privado e o voto uninominal que, por sinal, são as principais causas do encarecimento cada vez maior das eleições e da influencia do poder econômico. Sem falar dos vícios e da corrupção, novamente exposta no caso Cachoeira-Demostenes-Marconi, num governo do PSDB.
O que diz o ex-presidente
"Dilma Rousseff recebeu o fardo de um estilo bombástico de governar que esconde males morais e prejuízos materiais comprometedores", diz o ex-presidente no artigo. Ele começa o artigo falando sobre a "crise moral". Diz que Lula deixou de fazer as reformas politicamente custosas e chega a elogiar a extinção da CPMF – "a oposição conseguiu suprimir, cortando impostos" mas, acentua, "a derrama continuou impávida".
Segundo o tucano, o que mais pesa como herança é a desorientação da política energética (o rei do apagão com essa cobrança!!!). Condena o que chama de “a formação a fórceps de estaleiros nacionais para produzirem navios tanque para a Petrobras”, afirmando que, passaram-se meses para descobrir-se que o custo não fez jus a tanta louvação. E ainda cita os “atrasos da transposição do São Francisco ou da Transnordestina”.
“Foi preciso substituir o companheiro que dirigia a Petrobrás para que o país descobrisse o que o mercado já sabia, havendo reduzido quase pela metade o valor da empresa”, provoca. Segundo FHC, o custo da refinaria de Pernambuco será 10 vezes maior do que previsto e há mais três refinarias prometidas que deverão ser postergadas ad infinitum.
Ele também aponta que o preço da gasolina, controlado pelo governo, não é compatível com os esforços de capitalização da Petrobras. Já em relação ao etanol diz que “como consequência de seu barateamento forçado”, a política na área se desorganizou a ponto de precisarmos importar etanol de milho dos EUA.
Voltando à questão do petróleo, afirma que “no rosário de desatinos, os poços secos, ocorrência normal neste tipo de exploração, deixaram de ser lançados como prejuízo, para que o país continuasse embevecido com as riquezas do Pré-Sal”.
E alfineta: riquezas que “só se materializarão quando a tecnologia permitir que o óleo seja extraído a preços competitivos, que poderão se tornar difíceis com as novas tecnologias de extração de gás e óleo dos americanos”.
Em relação à Petrobras, boa parte das provocações, copiadas dos jornais, o ex-presidente da Petrobras Jose Sergio Gabrielli já respondeu (clique aqui para ter acesso).
Blog do Zé Dirceu
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