É das melhores frases do folclore político a de Pinheiro Machado, ao sair do Senado (no prédio onde hoje é a Faculdade de Direito da UFRJ) e dizer ao cocheiro, frente a uma manifestação de partidários de seu desafeto Nilo Peçanha, há um século:
- Vamos. Mas não tão devagar que pareça afronta, nem tão depressa que pareça medo!
É regra, na política, não se precipitar, deixar que as situações fluam. Mas também é regra não deixar que se deteriorem e, ao intervir, parecer comandado pelo inevitável e não pela vontade.
A demissão, agora consumada, da direção da Petrobras capitaneada por Graça Foster, teria provocado urticária em Pinheiro Machado.
Dilma colheu todos os desgastes de meses de massacre e, agora, fará com muito mais dificuldade (e concessões) o que antes podia ter feito.
É claro que o novo dirigente da Petrobras está definido. Se não estiver e Dilma venha a se expor, outra vez, ao capitis diminutio do “foi convidado mas não aceitou” será o impensável.
Esta história de “o Conselho de Administração se reunirá na sexta-feira” é pra boi dormir, trata-se apenas de agendar o óbvio e protocolar.
Idem a de que Lula “sugerirá” o nome de Henrique Meirelles. Como assim? É claro que se Lula acha que Meirelles na presidência da empresa servirá como um “paredão” contra as explorações contra a empresa, separando a gestão empresarial da responsabilização (e contabilização) pelos danos causados por Paulo Roberto Costa – e que não são assunto de contador, mas do Judiciário – ele já disse a Dilma, já convocou Meirelles e tem sua anuência e a da Presidenta.
Se não o fez, ou se sua sugestão não foi aceita, ele não estaria deixando isso “rolar”, ou estaria apenas por uma razão: sinalizar que o embrulho é só de Dilma, porque faz tempo que ele vem tentando desembrulhá-lo.
O mais curioso, em tudo isso, para esfumaçar o sonho dos ingênuos, é que Graça Foster, ao assumir a direção da empresa, foi saudada por todos como o início de uma “gestão técnica” na Petrobras, algo em que ela própria acreditava piamente.
A gestão de uma grande organização não é técnica, é sempre política, porque só a política pode trabalhar com os sinais que um ente que faça mais do que vegetar precisa ter para progredir.
A política não se exerce apenas com os iguais, do contrário teria outro nome.
Ela é, essencialmente, a capacidade de fazer vetores diferentes apontarem, até certo ponto, na mesma direção.
- Vamos. Mas não tão devagar que pareça afronta, nem tão depressa que pareça medo!
É regra, na política, não se precipitar, deixar que as situações fluam. Mas também é regra não deixar que se deteriorem e, ao intervir, parecer comandado pelo inevitável e não pela vontade.
A demissão, agora consumada, da direção da Petrobras capitaneada por Graça Foster, teria provocado urticária em Pinheiro Machado.
Dilma colheu todos os desgastes de meses de massacre e, agora, fará com muito mais dificuldade (e concessões) o que antes podia ter feito.
É claro que o novo dirigente da Petrobras está definido. Se não estiver e Dilma venha a se expor, outra vez, ao capitis diminutio do “foi convidado mas não aceitou” será o impensável.
Esta história de “o Conselho de Administração se reunirá na sexta-feira” é pra boi dormir, trata-se apenas de agendar o óbvio e protocolar.
Idem a de que Lula “sugerirá” o nome de Henrique Meirelles. Como assim? É claro que se Lula acha que Meirelles na presidência da empresa servirá como um “paredão” contra as explorações contra a empresa, separando a gestão empresarial da responsabilização (e contabilização) pelos danos causados por Paulo Roberto Costa – e que não são assunto de contador, mas do Judiciário – ele já disse a Dilma, já convocou Meirelles e tem sua anuência e a da Presidenta.
Se não o fez, ou se sua sugestão não foi aceita, ele não estaria deixando isso “rolar”, ou estaria apenas por uma razão: sinalizar que o embrulho é só de Dilma, porque faz tempo que ele vem tentando desembrulhá-lo.
O mais curioso, em tudo isso, para esfumaçar o sonho dos ingênuos, é que Graça Foster, ao assumir a direção da empresa, foi saudada por todos como o início de uma “gestão técnica” na Petrobras, algo em que ela própria acreditava piamente.
A gestão de uma grande organização não é técnica, é sempre política, porque só a política pode trabalhar com os sinais que um ente que faça mais do que vegetar precisa ter para progredir.
A política não se exerce apenas com os iguais, do contrário teria outro nome.
Ela é, essencialmente, a capacidade de fazer vetores diferentes apontarem, até certo ponto, na mesma direção.
Tijolaço
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