Em sua primeira entrevista, o presidente da Petrobras, Pedro Parente, afirma que a privatização da empresa ainda é um dogma, mas defende o controle compartilhado com empresas privadas em várias áreas: “Vemos valor nas parcerias. Reduzem riscos, a necessidade de aporte de capital, trazem tecnologias e cultura diferentes. A grande discussão que se coloca neste momento: controle ou cocontrole (controle compartilhado)?”; ele também fez críticas à política de conteúdo nacional e defendeu a abertura do pré-sal a empresas estrangeiras: "O modelo de partilha é o menos favorável para as empresas. Mas isso é questão de política de governo"
18 DE JULHO DE 2016
247 - Em sua primeira entrevista, o novo presidente da Petrobras, Pedro Parente, falou da venda de ativos da estatal e admitiu estudar o controle compartilhado com o setor privado de algumas subsidiárias, como a BR Distribuidora ou a Transpetro - embora se afirme contra a privatização da estatal. "Não acho que a sociedade brasileira esteja madura para sequer discutir, isto sim é dogma, a privatização da Petrobras."
“Vemos valor nas parcerias. Reduzem riscos, a necessidade de aporte de capital, trazem tecnologias e cultura diferentes. A grande discussão que se coloca neste momento: controle ou cocontrole (controle compartilhado)?”, afirmou ele, em entrevista à “Folha de S. Paulo”, lembrando que isso será feito obedecendo a três condições: maximizar o valor dos ativos, preservar a empresa verticalizada e manter os seus interesses estratégicos.
Ele também fez críticas à política de conteúdo nacional e defendeu a abertura do pré-sal a empresas estrangeiras: "O modelo de partilha é o menos favorável para as empresas. Mas isso é questão de política de governo."
Sobre a Lava Jato, afirmou que os diretores envolvidos no petrolão "foram escolhidos com a intencionalidade" de praticar crimes e apontou que uma das razões da crise da estatal foi "fazer deliberadamente a escolha desses desonestos para liderar a empresa" – leia aqui.
Brasil 247
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