sábado, 17 de março de 2018

PEPE ESCOBAR: O BRASIL É ALVO DE UMA GUERRA HÍBRIDA




Um dos principais especialistas do mundo em política internacional, o jornalista Pepe Escobar, correspondente do Asia Times, concendeu entrevista à TV 247, em que falou sobre "a guerra híbrida" promovida pelos Estados Unidos contra o Brasil, com objetivo de tomar riquezas, como o pré-sal; "esse ainda será um caso de estudo internacional sobre não apenas a derrubada de um governo, como também sobre como todo um país foi desestruturado", afirma; Escobar diz que o Brasil viveu o auge de seu prestígio internacional com o ex-presidente Lula e com o chanceler Celso Amorim e diz que, hoje, tem uma política de total subserviência aos Estados Unidos, o que foi decorrente da Lava Jato, conduzida por Sergio Moro



17 DE MARÇO DE 2018 ÀS 08:27 // INSCREVA-SE NA TV 247

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247 – Correspondente do Asia Times, o jornalista Pepe Escobar, um dos mais renomados especialistas do mundo em política internacional, diz que o fato geopolítico mais importante do mundo é a aproximação entre Rússia e China, numa aliança que contempla também o Irã, que desloca o eixo geopolítico global para a chamada Eurásia. "Os Estados Unidos ainda estão em estado de negação e a aceitação ainda vai demorar décadas para acontecer", diz ele. 


O declínio do império americano, diz Escobar, ajuda a explicar a atual tragédia brasileira. "O Brasil foi alvo de uma guerra não convencional, a chamada guerra híbrida, que prescinde de tanques e canhões, mas conta com o apoio de elementos internos, estrategicamente colocados no Poder Judiciário, para realizar o trabalho que antes era feito pelos militares", afirma. Segundo ele, o Brasil ainda será alvo de estudos internacionais. "Não foi a apenas a derrubada de um governo, mas a desestruturação completa de um País".

Escobar afirma que o Brasil viveu o auge de seu prestígio internacional no governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, com o chanceler Celso Amorim. "Hoje, há uma submissão completa aos Estados Unidos", afirma. Segundo ele, o golpe começou a ser construído a partir da espionagem realizada pela NSA – agência de segurança americana – contra a presidente Dilma Rousseff e a Petrobras. "Tudo isso se inseria numa estratégia complexa, de desestruturar o Brasil por dentro", afirma. "O conceito de guerra híbrida foi inventado por think tanks americanos. Nela, o fator militar não é o mais importante, mas a junção de fatores judiciários, midiáticos, parlamentares, políticos e empresariais. Depois disso, vem uma investigação criminal infinita, como a Lava Jato, que executa o trabalho", afirma.

Nesta sexta-feira, a defesa do ex-presidente Lula denunciou ligações informais entre o juiz Sergio Moro e autoridades estadunidentes (leia aqui). Segundo Escobar, uma das motivações para o ataque dos Estados Unidos ao Brasil foi a possibilidade de que, com governos populares, o País emergisse à condição de potência.



Brasil 247

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