terça-feira, 10 de abril de 2012

Reação dos banqueiros e rentistas veio a galope

A reação da banca privada à indicação da presidenta Dilma Rousseff, para que sigam os bancos públicos, revendo para baixo suas taxas de juros veio a galope.


Desde as primeiras horas pós-determinação da presidenta da República, e simultaneamente ao anúncio de redução de suas taxas pelos primeiros bancos oficiais - inicialmente o BNDES e o Banco do Brasil (BB) - recrudesceu a grita contra juros menores por parte do mercado, dos rentistas e na área de um de seus principais porta-vozes, a mídia.

O raciocínio e tese defendidos e expostos por eles é: sem subsídio e sem redução de custos, a política de menores taxas de juros não pode, nem deve ser estendida a eles.

O coro da banca privada com medo de ter de baixar juros


"Os bancos privados estão muito preocupados com o avanço da inadimplência. Então, eles não devem participar desta disputa fomentada pelo governo para estimular a concessão de crédito a fim de reaquecer a economia", sustentou em entrevista a economista Monica Baumgarten de Bolle, professora da PUC-RJ e diretora da Casa das Garças, um dos maiores ninhos de economistas tucanos do país.

Mônica foi secundada no feriado/fim de semana, e hoje, por Roberto Luís Troster, professor de economia da USP, da PUC-SP e da Mackenzie e ex-economista-chefe da Federação Brasileira de Bancos (FEBRABAN).

Em artigo e entrevista ele tem sustentado que forçar os bancos privados a reduzir taxas não vai funcionar. “Sem subsídio ou prejuízo isso não é possível", alegou em artigo na Folha de S.Paulo. Mesmo reconhecendo que as taxas cobradas pelo sistema financeiro brasileiro são “as segundas mais altas do mundo, dez vezes superiores às praticadas no Chile”.

Vejam, também, as notas Na redução das taxas o governo sai na frente, publicada abaixo e Discussão da queda dos juros da banca privada é o fato político mais importante do ano, o Destaque no alto do blog.

Blog do Zé Dirceu

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