As tentativas de envolver o governador de Brasília na teia de intrigas - Por José Dirceu

Há semanas os jornalões e todos os demais interessados em alimentar e fazer crescer uma rede de intrigas que cerca o governador de Brasília, Agnelo Queiroz (PT), tentam fomentar uma crise em seu governo. Mais recentemente, e ainda que ele conteste e prove a cada nova pseudo denúncia, tentam envolvê-lo no escândalo deflagrado com as revelações sobre a proximidade entre o empresário da contravenção, Carlos Cachoeira e o senador Demóstenes Torres (GO), filiado ao DEM até a semana passada.

Agem mais ou menos como agem comigo - veiculam a notícia truncada ou distorcida. A exemplo, no meu caso, do vídeo que aparece no noticiário como "memória" sobre esse escândalo. Jogam no ar que a gravação é de 2004, sem esclarecer que ele foi feita dois anos antes, quando não estávamos no governo e o presidente Lula nem sequer fora eleito.

Há pouco, o jornal O Estado de S.Paulo publicou reportagem assinalando que auxiliares do governador de Brasília teriam negociado contrato de bilhetagem com Carlos Cachoeira. Notícia infundada. Sobre ela o goveno do Distrito Federal divulgou a nota oficial abaixo:

GDF esclarece que não houve conversa entre a turma do Cachoeira e a direção do DFTrans sobre contrato de bilhetagem

Sobre a reportagem “Grupo de Cachoeira operou para dirigir licitação milionária no governo do DF” (clique aqui), publicada pelo o Estado de S.Paulo, o DFTrans esclarece:

1) Os autos do inquérito contêm transcrição de áudios do senhor Carlos Augusto de Almeida Ramos e de pessoas ligadas a ele tramando a venda de um sistema de bilhetagem ao DFTrans, mas não contém nenhuma transcrição de áudio de qualquer diretor do DFTrans participando das articulações;

2) O DFTrans não contratou a empresa mencionada pelo senhor Carlos Augusto de Almeida Ramos. Logo, muito embora tenha tentado, conforme o inquérito da Operação Monte Carlo, ele não conseguiu “operar a licitação”, cujo edital sequer foi publicado;

3) Os grampos da Operação Monte Carlo não “mostram que diretor do DFTrans negociou com contraventores”, como está escrito na submanchete da referida reportagem."

Foto Elza Fiuza/ABr

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