quinta-feira, 22 de agosto de 2013

Caso Siemens: negado novo pedido de Alckmin ao Cade

:
Pela segunda vez, Estado de São Paulo teve recusada ação em que pede acesso aos documentos do Conselho Administrativo de Defesa Econômica que apontam para a existência de um cartel nas linhas de metrô e de trens; para o desembargador Kassio Nunes Marques, faltam elementos "de fato ou de direito" que autorizem a concessão do pedido de acesso a informações; governador Geraldo Alckmin tem criticado a ação do órgão, que faria "vazamento seletivo" de dados
22 de Agosto de 2013 

Flávia Albuquerque
Repórter da Agência Brasil

São Paulo – A Justiça indeferiu pedido do governo de São Paulo para ter acesso aos documentos em poder do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), que supostamente mostram a existência de cartel em licitações para aquisição de trens de linhas de metrô e de trens. O pedido foi o segundo feito pelo Estado, que já teve o acesso negado pela 2ª Vara da Seção Judiciária do Distrito Federal. Segundo o governo paulista, a Corregedoria-Geral de Administração do Estado de São Paulo deve apurar, imediatamente, as prováveis infrações noticiadas.

De acordo com o Tribunal Regional Federal da 1ª Região, o Estado alega que o Cade violou direito à informação constitucionalmente previsto e que não pretende revelar dados que sejam particulares àqueles que estejam inseridos no procedimento de cooperação com as investigações. O Cade ressaltou que não se opôs ao empréstimo das provas, desde que o trâmite e a eficácia do processo sejam preservados.

Para o desembargador Kassio Nunes Marques, o Estado de São Paulo não apresentou elementos de fato ou de direito que autorizem a concessão do pedido de acesso às informações. "Revelam os autos que o procedimento investigatório promovido pelo Cade, em razão da dimensão material da medida administrativa adotada e pela complexidade técnica do trabalho desempenhado pelos agentes públicos responsáveis pela análise e separação dos dados, demonstra a necessidade das medidas restritivas aplicadas", explicou.



Brasil 247

Nenhum comentário:

Postar um comentário