Boa, ainda sem muita novidade, a proposta de Orçamento Geral da União
(OGU) para 2014, entregue pelo governo (ministros da Fazenda e do
Planejamento) no prazo legal, ontem, ao Congresso Nacional.
Claro, contém boas diretrizes, como a de elevação de 6,6% no salário
mínimo, que passará de R$ 678,00 para R$ 722,00 a partir de janeiro
próximo; a previsão de crescimento econômico de 4% (do PIB) no ano que
vem; a perspectiva de continuidade de inflação em queda; e a Saúde, a
exemplo de 2013, sendo a pasta que vai receber mais dinheiro (R$ 80,65
bi), graças ao Programa Mais Médicos e a outros na área.
A mídia nem conferiu à proposta maior destaque. O que ela está
bombando mesmo hoje é a revisão dos índices da economia nos Estados
Unidos relativos ao 2º trimestre deste ano. Muita festa e elogios à
economia norte-americana, que (indica a revisão) pode crescer 2,5% este
ano; já aqui, para a nossa, pessimismo e derrotismo…
É o velho complexo de vira-latas de que falava o teatrólogo e
jornalista Nelson Rodrigues elevado à enésima potência… Não se tocam o
quanto fica ridículo para nossos escribas tupiniquins ficar criticando o
crescimento brasileiro e incensando o dos EUA.
Festa para à economia dos EUA, derrotismo para a nossa
Não desconfiam do ridículo a que ficam expostos ao criticar nossos
bancos públicos (Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, BNDES…)
quando o Banco Mundial – BIRD – multiplicou por três o financiamento a
governos frente aos riscos de recessão e aumento do desemprego nos
países-sócios…
Da mesma forma que soa como pura politicagem os mesmos que pediam um
câmbio desvalorizado agora gritarem contra o dólar a R$ 2,4 ….
Só têm olhos para elogiar a economia de Tio Sam, que acelerou de
maneira mais rápida que o esperado no 2º trimestre, graças ao aumento
nas exportações, reforçando, assim, o cenário para que o FED reduza seu
programa de estímulo econômico.
Recuperação dos danos da recessão ainda está longe
O PIB dos EUA cresceu a uma taxa anual de 2,5%, de acordo com
estimativas revisadas para o período divulgadas pelo Departamento do
Comércio nesta 5ª feira. A taxa de crescimento do trimestre foi mais que
o dobro do ritmo registrado nos três meses anteriores.
O relatório, dizem os especialistas, até pode estimular a confiança
de que a economia está melhorando, mas uma recuperação completa da
recessão de 2007 a 2009 está provavelmente muito longe, visto que a taxa
de desemprego do país permanece historicamente alta em 7,4%.
Blog do Zé Dirceu
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