“Não admitimos qualquer incitação ao preconceito e à xenofobia. Temos
que receber de braços abertos médicos e médicas que aceitaram esse
chamamento para vir atender à população brasileira que não tem médicos.”
A declaração, do ministro da Saúde, Alexandre Padilha, é mais do que
exemplar e necessária diante das reações políticas, corporativas e
irresponsáveis de entidades médicas e setores da oposição.
Um
exemplo desse tipo de reação preconceituosa e xenófoba é retratado na
capa da Folha de S.Paulo hoje: um médico cubano é vaiado por
profissionais brasileiras ao sair do primeiro dia de curso em Fortaleza.
Os mesmos médicos que se recusaram a ir para locais
distantes do Brasil que não contam com nenhum profissional da saúde
tentam barrar a vinda dos estrangeiros. E ainda dizem que agem em defesa
do país.
Mas o ministro da Saúde já disse que está
seguro da validade jurídica do Mais Médicos e deu declarações duras e
diretas ontem. “Temos segurança jurídica. O próprio procurador-geral do
Trabalho disse claramente que a Medida Provisória estabelece o processo
de registro desses profissionais. Os CRMs (Conselhos Regionais de
Medicina) têm que seguir a lei.”
Ele criticou o presidente
do CRM de Minas Gerais, João Batista Gomes, que disse que orientaria os
médicos brasileiros a não socorrerem erros dos colegas cubanos. “Essa
recomendação é omissão de socorro e é uma afronta ao Código de Ética
Médica. Nenhum médico pode se negar a atender ou a socorrer qualquer
brasileiro ou brasileira”, afirmou o ministro.
Apesar
dessas manifestações corporativas, irresponsáveis e políticas, o Mais
Médicos prossegue com seu calendário previsto. Os profissionais já
começaram a ter aulas de português, cultura brasileiras, conhecimentos
específicos da saúde brasileira, funcionamento do SUS, aprendizado do
código de ética médica e práticas.
Aproveito e recomendo a leitura de reportagem do Brasil 247 mostrando que, no governo de Fernando Henrique Cardoso, a Veja se entusiasmou com a chega de médicos cubanos . Agora, no governo do PT, a revista decidiu mudar de posição. Não precisa pensar muito para descobrirmos a resposta. O título da reportagem era "O milagre veio de Cuba", referindo-se aos médicos que desembarcaram no Tocantins.
Blog do Zé Dirceu
Aproveito e recomendo a leitura de reportagem do Brasil 247 mostrando que, no governo de Fernando Henrique Cardoso, a Veja se entusiasmou com a chega de médicos cubanos . Agora, no governo do PT, a revista decidiu mudar de posição. Não precisa pensar muito para descobrirmos a resposta. O título da reportagem era "O milagre veio de Cuba", referindo-se aos médicos que desembarcaram no Tocantins.
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