Flávia Albuquerque
Repórter da Agência Brasil
São Paulo – A presidenta Dilma Rousseff garantiu hoje (19), durante
cerimônia em São Bernardo do Campo, que os recursos obtidos com a
produção de petróleo serão destinados à educação e à saúde. Segundo
Dilma, 75% dos royalties irão para a educação e o restante a
saúde. “Só seremos uma nação desenvolvida se nós utilizarmos as riquezas
finitas que temos, por exemplo os royalties do petróleo e os
recursos do Fundo Social do Pré-Sal, na educação. Um país do porte do
Brasil só se transforma em uma nação desenvolvida se investir em
educação”, disse Dilma.
Ela reforçou que é preciso primeiro investir em creches, não só para
garantir que as mães tenham um local seguro para deixar seus filhos
enquanto trabalham, mas para garantir o acesso igualitário à educação
básica, com estímulos adequados à idade dessas crianças e garantir ainda
que até os 8 anos de idade todos estejam alfabetizados. Além disso,
destacou a necessidade de investimentos para a melhoria da remuneração
dos professores, para a alfabetização na idade certa e para a ampliação
do ensino médio em tempo integral.
Dilma explicou que os recursos do pré-sal para a educação chegarão a
R$ 112 bilhões em dez anos. "Começam com R$ 1,4 bilhão em 2014, devem
saltar para R$ 3 bilhões em 2015 e para R$ 6 bilhões em 2016, chegando a
R$ 13 bilhões em 2018", disse.
A presidenta defendeu o Programa Mais Médicos e tornou a dizer que o
objetivo é aumentar o número de vagas em cursos de medicina e levar
médicos para o interior e para as periferias.
Segundo ela, o programa
deve colocar mais R$ 15 bilhões para o investimento em postos de saúde,
unidades de Pronto-Atendimento e hospitais até 2015. “Também vamos
aumentar o número de médicos formados no Brasil. Até 2017, devem ser
mais 11 mil e 12 mil residentes, nas áreas mais importantes”.
Dilma disse ainda que o governo pretende assegurar que as periferias e
regiões mais distantes tenham acesso a médicos, por isso os
profissionais formados no Brasil serão chamados antes e, caso as vagas
não sejam preenchidas, os médicos formados no exterior serão chamados.
“Há 700 municípios no Brasil que não têm nenhum médico e há 1.900
[municípios] com menos de um médico para cada 3 mil habitantes. Vamos
garantir que, enquanto não formarmos os médicos no Brasil, venham
médicos de todo o mundo para garantir acesso a essas pessoas”.
Agência Brasil
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