Carolina Gonçalves
Repórter da Agência Brasil
Repórter da Agência Brasil
Brasília – A presidenta Dilma Rousseff criticou hoje (27) a operação que trouxe para o Brasil o senador boliviano Roger Pinto Molina.
Segundo ela, os países têm a obrigação de proteger seus asilados, garantido a segurança e a integridade física deles.
“Lamento que um asilado brasileiro tenha sido submetido à situação que este foi. Um Estado democrático e civilizado, a primeira coisa que faz é proteger a vida e garantir a segurança dos seus asilados”, afirmou.
Dilma negou que as condições em que o senador estava abrigado na
Embaixada do Brasil em La Paz fossem precárias. Ao justificar a
operação, o diplomata Eduardo Saboia, principal articulador da operação,
alegou razões humanitários. Saboia chegou a comparar a situação do
senador à da presidenta Dilma, quando esteve presa durante o regime
militar.
“Garantimos conforto ao asilado”, disse a presidenta, que garantiu
não existir qualquer similaridade entre a sede diplomática brasileira e o
Destacamento de Operações de
Informações-Centro de Operações de Defesa
Interna, o DOI-Codi, órgão de repressão onde ela ficou presa durante a
ditadura militar. “Eu sei o que é o DOI-Codi e asseguro a vocês: é tão
distante o DOI-Codi da embaixada brasileira em La Paz como é distante o
céu do inferno”, disse.
Sobre a participação de fuzileiros navais na operação que trouxe o
senador boliviano ao Brasil, Dilma Rousseff disse que o ministro da
Defesa, Celso Amorim, vai esclarecer ainda hoje a questão.
Depois de passar 454 dias na embaixada brasileira em La Paz, Pinto
Molina chegou a Corumbá (MS) no sábado (24), depois de uma viagem de 22
horas em um carro da Embaixada do Brasil, escoltado por fuzileiros
navais. O senador está agora em Brasília.
Agência Brasil
Nenhum comentário:
Postar um comentário