Aécio Neves
O presidenciável do tucanato em 2014, senador Aécio Neves (PSDB-MG),
vem a capital paulista almoçar com deputados que já aderiram à sua
candidatura, vai ao Recife jantar com o governador Eduardo Campos (PSB) e
firmar com ele um pacto transitório de não agressão…
Anda por esse
Brasil inteiro e nada de perguntas sobre o propinoduto tucano, sobre as
denúncias de corrupção por 20 anos que envolvem os governos do seu
partido em São Paulo.
Parece que não houve nada, que não existem as denúncias de corrupção
tucana e que o partido dele não tem nada a ver com isto. Essa é a nossa
mídia. Censura a seu bel prazer e escolhe os temas que vai levantar em
entrevistas, publicar e veicular na mídia eletrônica conforme a cor
partidária do entrevistado.
Tal comportamento, no caso da nossa mídia tupiniquim, deixa claro que
ela já optou por descartar o ex-governador-presidenciável José Serra,
apoiar Aécio Neves, estimular Marina Silva e tentar cooptar Eduardo
Campos – todos para um campo anti-PT.
Optaram e aderiram, assim, de corpo e alma, a um campo sem programa e
sem propostas. A não ser as de sempre, tão bem expressas pelos
expoentes da Casa das Garças, o ninho de economistas tucanos no Rio.
Como Edmar Bacha, ainda nesta semana.
A parceria temporária de Aécio e Eduardo Campos
Nossa mídia noticia que Aécio Neves e Eduardo Campos, presidentes
nacionais de seus partidos, jantaram juntos nesta 5ª feira (ontem) na
residência do governador de Pernambuco. E que os dois fecharam parceria
temporária para fortalecer seus nomes à disputa presidencial, para
evitar agressões mútuas e estabelecer convergência nas críticas ao
governo Dilma Rousseff.
Os dois, realmente, fazem críticas parecidas ao Planalto e à própria
presidenta da República, de quem o governador ainda é aliado formal e em
cujo governo seu PSB ainda ocupa dois ministérios (Portos e Integração
Nacional) e muitos cargos de peso, como o comando da CHESF – Companhia
Hidrelétrica do Rio São Francisco.
Mas, nossa mídia… No Nordeste, nada de mostrar a debilidade do PSDB
na região e sua histórica política de sustentação das oligarquias
pefelistas ali, o abandono dela nos anos FHC (1995-2002) e a posição
sempre anti-Nordeste no Congresso Nacional das bancadas tucanas, tão bem
representada por José Serra e sua carga e suas manobras que impediram
reformas e medidas que beneficiariam os nordestinos.
(Foto: João Cruz/ABr)
Blog do Zé Dirceu
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