Alvo de xingamentos quando deixava um bar em Belo Horizonte nesse domingo, 9, o ministro do Desenvolvimento Agrário, Patrus Ananias, divulgou relato contando a agressão e diz que se manterá firme contra manifestações de cunho fascista; "Este não vai ser o país do ódio. Ninguém vai nos tirar das ruas de Belo Horizonte", afirmou o ministro em sua conta no Facebook; Patrus disse também que não irá se intimidar por nenhuma "manifestação organizada, travestida de espontânea"; "Este não vai ser o país onde quem grita mais alto tem razão. Este vai continuar sendo o país da democracia, de quem sabe ouvir, compreender e debater"; leia a nota na íntegra
9 DE NOVEMBRO DE 2015 ÀS 14:58
Minas 247 - O ministro do Desenvolvimento Agrário, Patrus Ananias, reagiu em sua página no Facebook ao ataque de manifestantes em um bar em Belo Horizonte, nesse domingo, 8.
"Este não vai ser o país do ódio. Ninguém vai nos tirar das ruas de Belo Horizonte", rebateu o ministro. Segundo seu relato, ele estava no Cervejaria Bar Brasil, junto com a esposa e um casal de amigos. Quando se preparava para deixar o local, um homem em uma mesa próxima à porta começou a gritar, fazendo acusações de corrupção e levantando cartaz com os dizeres "Fora PT, Fora Dilma".
"Respondi que colocasse num papel e assinasse todas as acusações sem provas em relação a mim, que amanhã mesmo eu entraria com uma ação contra ele. Então a conversa mudou, com ele dizendo que "eram acusações em relação ao PT". Uma câmera já estava posicionada desde o início, esperando para flagrar o momento "espontâneo"", afirmou.
"Respondemos às acusações sem fundamento, exigimos respeito, mantivemos a firmeza", continuou o ministro. Patrus disse também que não irá se intimidar por nenhuma "manifestação organizada, travestida de espontânea". "Este não vai ser o país onde quem grita mais alto tem razão. Este vai continuar sendo o país da democracia, de quem sabe ouvir, compreender e debater", afirmou.
Assista abaixo ao vídeo do episódio e leia a íntegra da nota de Patrus Ananias sobre o assunto:
"Este não vai ser o país do ódio. Ninguém vai nos tirar das ruas de Belo Horizonte.
Estive há pouco na Cervejaria Bar Brasil, um bar tradicional de BH, com minha esposa Vera, Carlão Pereira e sua esposa Jussara. Estávamos ali conversando entre amigos, sendo tratados com toda a gentileza pelos garçons. Pagamos a conta e levantamos para sair quando um homem em uma mesa próxima à porta começou a gritar, fazendo acusações de corrupção e levantando um daqueles cartazes – "Fora PT, Fora Dilma"...
Me aproximei e pedi 30 segundos para conversarmos. Ele retrucou que iria me "conceder 10 segundos". Respondi que colocasse num papel e assinasse todas as acusações sem provas em relação a mim, que amanhã mesmo eu entraria com uma ação contra ele. Então a conversa mudou, com ele dizendo que "eram acusações em relação ao PT". Uma câmera já estava posicionada desde o início, esperando para flagrar o momento "espontâneo".
Algumas mesas ao redor, articuladas a essa primeira, começaram a ampliar o barulho, tentando nos intimidar. Não arredamos pé. Respondemos às acusações sem fundamento, exigimos respeito, mantivemos a firmeza. O acusador da primeira mesa rapidamente foi embora em silêncio, enquanto nós permanecemos ali.
Tivemos uma conversa altiva e buscamos negociação e diálogo, com convém a uma sociedade democrática. Fizemos isso porque ninguém vai nos tirar das ruas e dos bares de BH. Nenhuma reação de uma manifestação organizada, travestida de espontânea, vai nos intimidar e limitar nosso direito de sentar com os amigos e a família em um bar numa tarde de domingo em qualquer cidade.
Porque este não vai ser o país do ódio generalizado, mesmo que esse seja o sonho de tantos que não conseguiram vencer democraticamente.
Este não vai ser o país onde se toma o poder pela força, usando mentiras e calúnias sem fundamento.
Este não vai ser o país onde quem grita mais alto tem razão. Este vai continuar sendo o país da democracia, de quem sabe ouvir, compreender e debater."
Brasil 24/7
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