POR FERNANDO BRITO · 13/02/2017
O Estadão anuncia hoje que um grupo de delegados federais quer tirar seu Leonardo Daiello do comando da Polícia Federal.
Policiais exigirem a saída de seu comando e ainda por cima indicar quem deve ocupa-lo, em outras palavras, é uma atitude semelhante a motim.
O delegado Daiello, que ocupava o posto dentro dos ingênuos critérios do “republicanismo” do Governo Dilma, foi quem montou a equipe policial – inclusive seu núcleo abertamente aecista – que trabalhou- e vazou seletivamente – as informações da lava Jato.
Se Daiello passou agora , como dizem os policiais, a afastar os policiais do caso, a razão deve ser procurada, óbvio, não nele, mas no que mudou acima dele.
O presidente da associação dos delegados federais, Carlos Eduardo Sobral, diz que ““há um sentimento na corporação de que a Lava Jato está chegando ao fim”.
Será que não ocorre ao Dr. Sobral a razão disso?
Será que não lhe passa pela cabeça que enquanto tivemos uma presidente honesta – embora crédula demais no profissionalismo da instituição – a PF teve toda a liberdade e apoio para trabalhar?
A PF pode chorar quantas lágrimas quiser. A demora da escolha do ministro da Justiça deve-se a encontrar alguém com a disposição (para isso há muitos) e os meios (para isto, poucos) de transformar a Lava Jato, como disse hoje José Roberto de Toledo, em esguicho.”
Será que a nossa “Federal”, tão bem informada sobre tudo, achou que um governo onde pululam propineiros ia deixar que a sangria não fosse estancada?
Nada, a disputa aí é de poder corporativo, podem escrever.
Polícia Federal e, não duvidem, Ministério Público vão voltar à condição que tinham até o Governo FHC. Manda quem pode, obedece quem tem juízo.
Tijolaço
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