Ao publicar um artigo nesta quinta-feira em que acusa o juiz Sergio Moro de torturar presos provisórios para obter delações premiadas, num "hotel da delação" montado em Curitiba, o ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) deu seu lance mais ousado; ele aposta que, na sessão desta tarde no Supremo Tribunal Federal, a corte colocará freios na Lava Jato, uma vez que um dos objetivos principais da tragédia brasileira – o golpe contra a presidente Dilma Rousseff e a própria democracia – já teria sido alcançado; no entanto, se não for solto hoje, Cunha, que bateu de frente com Moro, poderá apodrecer para sempre na prisão, mesmo sem ter sido ainda condenado; "sei que minha família e eu poderemos correr o risco de sermos ainda mais retaliados pelo juiz, mas não posso me calar diante do que acontece", escreveu Cunha
9 DE FEVEREIRO DE 2017
247 – O ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) é, essencialmente, um jogador. Sempre usou sua força para chantagear o poder e, ao longo do caminho, acumular patrimônio não apenas para si como também para a bancada que foi montando ao seu redor.
No impeachment da presidente Dilma Rousseff, Cunha também jogou. Enquanto tentou ser salvo por ela e pelo PT, engavetou os pedidos apresentados pelo PSDB. Quando viu que não teria os votos necessários para se salvar, decidiu golpear Dilma e a própria democracia brasileira, aceitando um impeachment mandrake que lançou o País na maior crise de sua história – só nos últimos dois anos, 5 milhões de brasileiros perderam seu emprego, graças ao "quanto pior, melhor" de Cunha, em parceria com o senador Aécio Neves (PSDB-MG).
Agora, o jogador Cunha decidiu partir para o tudo ou nada. Ao publicar um artigo nesta quinta-feira em que acusa o juiz Sergio Moro de torturar presos provisórios para obter delações premiadas, num "hotel da delação" montado em Curitiba, o ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) deu seu lance mais ousado.
Ele aposta que, na sessão desta tarde no Supremo Tribunal Federal, a corte colocará freios na Lava Jato, uma vez que um dos objetivos principais da tragédia brasileira – o golpe contra a presidente Dilma Rousseff e a própria democracia – já teria sido alcançado.
No entanto, se não for solto hoje, Cunha, que bateu de frente com Moro, poderá apodrecer para sempre na prisão, mesmo sem ter sido ainda condenado.
"Sei que minha família e eu poderemos correr o risco de sermos ainda mais retaliados pelo juiz, mas não posso me calar diante do que acontece", escreveu Cunha (leia aqui seu artigo).
Brasil 247
Nenhum comentário:
Postar um comentário