quarta-feira, 8 de fevereiro de 2017

O Rio não tinha governo, agora não tem governador: TRE cassa Pezão



POR FERNANDO BRITO · 08/02/2017





Como há recurso ao TSE, ele ainda não perde o mandato.

Como Francisco Dorneles vai junto, porque foi a chapa de Pezão a cassada, o sucessor provisório é o ínclito Jorge Picciani, parceiríssimo de Sérgio Cabral.

Pezão fica, sob recurso, mas está mais destruído em sua autoridade do que já estava.

É obvio que a cassação eleitoral de Pezão se tornou política, não contábil.

E o descarte de Sérgio Cabral, um pequeno canalha que muito serviu aos poderosos, o levou embora.

Duvido que alguém soubesse, até ontem, do que a chapa Pezão/ Dornelles era acusada.

Óbvio que não interessa, porque o que interessa é a situação caótica do Rio de janeiro.

A situação do Estado só vai se agravar. Aliás, já está insustentável, com esta degradante situação de ser obrigado a, sem ter pago dezembro para muitos funcionários, dar aumento para os policiais para não se repetir aqui o Espirito Santo.

Não se repetir, claro, por enquanto, porque as finanças públicas não vão parar de se estiolar e fica ainda mais difícil que um governador virtualmente cassado obtenha os empréstimos que possibilitem algum alívio.

É preciso conservar a polícia em condições de descer a borracha nas manifestações públicas. E a polícia tomou o freio nos dentes, como se viu, além do que se passa em Vitória, também na Câmara dos Deputados.

Os nossos “defensores da lei e da ordem” construíram uma bomba.

Não só as de gás lacrimogênio, que fazem as pessoas chorarem.

Mas a que destrói qualquer expectativa se solução pacífica, civilizada, responsável para a crise.

Não pense que isso é só aqui: logo vai chegar a outras partes.

O estado judicial-policial está destroçando o Brasil.


Tijolaço

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