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Obras do Mineirão, que seguem o cronograma, são ameaçadas pela greve dos trabalhadores
Os operários do Mineirão iniciaram uma greve, nesta quarta-feira, pedindo melhores salários e melhores condições de trabalho na obra do estádio. A manifestação aconteceu do lado de fora do estádio e foi coordenada pelo Sindicato dos Trabalhadores da Indústria da Construção de BH e Região. A Minas Arena, consórcio responsável pela reforma, nega as acusações dos trabalhadores e se diz aberta à negociação.
“Os trabalhadores pararam as atividades. O que está acontecendo na reforma do Mineirão é vergonhoso. Além dos baixos salários, falta banheiro, falta água... O trabalhador parou exigindo essas melhorias. Parou para reivindicar um trabalho melhor”, disse Osnir Ventura, presidente do sindicato.Segundo o sindicalista, a grande maioria dos trabalhadores parou suas atividades. Apenas cerca de 30 funcionários estariam dentro da obra, em uma “operação-tartaruga”, como classificou Ventura. A Secretaria Extraordinária de Copa do Mundo de Minas Gerais contesta a informação e, em nota oficial, diz ter sido informada pela Minas Arena que 60 máquinas e equipamentos seguem funcionando normalmente.
A empresa também nega as acusações de falta de banheiros e água, diz que segue padrões de qualidade e segurança e se diz aberta ao diálogo.
Atualmente, os trabalhadores recebem R$ 926 (oficiais) e R$ 605 (serventes) e 60% por hora extra. Eles pedem um aumento de para R$ 1250 e R$ 850, respectivamente, além de hora extra de 100% e uma cesta básica de 35 kg.
Segundo Osnir Ventura, a Minas Arena, consórcio responsável pela reforma do Mineirão, promete uma resposta aos pedidos até as 17h desta quinta.
Os trabalhadores em greve já voltaram para suas casas e prometem realizar uma assembleia na manhã da próxima quinta para deliberar sobre a resposta da empresa.
*Atualizada às 13h33
Folha.com
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