quinta-feira, 16 de junho de 2011

Peñarol denuncia Muricy na Conmebol e diz que Pacaembu é um estádio "arriscado"


Das agências internacionais*
Em Montevidéu (Uruguai)

Menos de 24 horas após o empate por 0 a 0 com o Santos no primeiro jogo pela final da Libertadores, o Peñarol esquentou o clima para o duelo de volta, em São Paulo, e enviou uma carta à Conmebol (Confederação Sul-Americana de Futebol) para reclamar da postura do técnico Muricy Ramalho.

O clube uruguaio afirmou ainda que o Pacaembu, palco da finalíssima, no dia 22, é um local “arriscado” e Muricy poderia ter incentivado a revolta dos torcedores ao defender Neymar diante do árbitro Carlos Amarilla. O fato de o treinador ter perguntado ao juiz, durante o intervalo do jogo, se ele expulsaria Neymar irritou a diretoria do Peñarol.


“É um estádio arriscado, qualificado assim pela própria polícia brasileira e com antecedentes de violência muito negativos. Nesse contexto, a atitude do Sr. Ramalho mereceria uma sanção e a adoção de medidas preventivas que impeçam atos dirigidos a incitar o público a desordens que podem culminar em fatalidades”, relataram os uruguaios.

O Penãrol considerou “insólita e sem precedentes” a conduta do técnico brasileiro. “Queremos denunciar a essa Confederação a atitude do Sr. Muricy Ramalho, técnico do Santos, (...). Sua atitude, realmente insólita, estava notoriamente dirigida a pressionar o juiz e também a gerar no público brasileiro a sensação de estar diante da iminência de uma sanção injusta”, aponta a carta.

“Ele se dirigia ao árbitro, enquanto era filmado pela televisão brasileira, reclamando por causa do jogador Neymar. Exigia com voz alterada saber se ele [o árbitro] iria expulsá-lo, depois de ter levado um cartão amarelo por uma notória simulação, que se repetiu várias vezes durante a partida. Alegava inclusive que se pretendia impedir que, por uma suspensão, o referido jogador não poderia participar do segundo jogo final.”

Assim, o texto oficial deixa claro que os uruguaios enxergam Neymar como um 'cai-cai', na linguagem do futebol.

Já o craque santista falou, durante o intervalo no estádio Centenário, em perseguição por parte de Amarilla. “Tomei cartão no começo do jogo [20 minutos] sendo que nem fiz nada, nem pedi falta. Estamos lutando contra tudo. Eu contra o juiz, que fica ameaçando que se eu cair vai me botar para fora.”

Muricy saiu em defesa do atleta e cogitou substituí-lo caso o árbitro repetisse a postura de ameaçá-lo em campo na etapa final. “É o jeito do Neymar jogar, no limite. Vai cair mais vezes ainda, pois é muito leve. É o jeito dele. O juiz não pode fazer isso”, esbravejou.

Uol Esporte

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