A Sky lançou esta semana uma nova campanha publicitária contra as cotas de conteúdo nacional na TV paga. A empresa continua em campanha contra a Lei 12.485/2011, que estabelece novas normas para o funcionamento dos serviços de TV por assinatura no Brasil. O problema da Sky é que a nova lei obriga a veiculação de conteúdo audiovisual brasileiro, realizado por produtoras independentes, na grade de programação dos “pacotes” oferecidos aos assinantes. A lei foi longamente negociada com o setor (saiba mais). Vai ampliar os conteúdos e programas oferecidos hoje e garantir espaço à veiculação de produções feitas no Brasil. Assim, dá aos assinantes uma alternativa à eterna reexibição de produções estrangeiras.
A Sky faz propaganda contra a lei e ainda por cima ameaça seus clientes, ao afirmar que a veiculação da produção nacional pode acarretar aumento das mensalidades. Tudo para impedir que a Ancine, na regulamentação, garanta o mínimo de 3 horas e 30 minutos semanais de conteúdo nacional por semana previsto pela Lei 12.485.
A reação veio na forma de uma carta aberta à presidenta Dilma Roussef, enviada por mais de 20 associações ou sindicatos de profissionais do setor de audiovisual à presidente Dilma Rousseff criticando a campanha publicitária (confira a íntegra do manifesto).
Concordo com a manifestação das associações: a lei vai permitir o desenvolvimento econômico do setor audiovisual brasileiro, que é fundamental para a defesa da soberania nacional e afirmação das nossas identidades e diversidade cultural. É como diz Manoel Rangel, presidente da Ancine. Há por aí "gente com urticária" só de pensar numa TV paga com mais conteúdo brasileiro.
Está certa a Ancine: "No cinema, o Brasil já é o principal mercado latino-americano em receitas de bilheteria: só em 2011, foram vendidos 143,9 milhões de ingressos, estabelecendo um novo recorde de arrecadação para a atividade. Filmes brasileiros de todos os gêneros, feitos para todos os públicos, ganham o reconhecimento do público e da crítica, pela qualidade das produções e porque a sociedade gosta de se enxergar nas telas. Essa diversidade não pode ficar fora da programação da sua TV por assinatura."
Blog do Zé Dirceu
Sr. Leopoldo, eu preciso muito falar com o senhor. Há uma maneira de entrarmos em contato o mais rápido possível?
ResponderExcluirObrigada.
Valéria