Kelly Oliveira
Repórter da Agência Brasil
Repórter da Agência Brasil
Brasília – O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br)
dessazonalizado (ajustado para o período) voltou a registrar
crescimento, em outubro, após a queda de 0,52% no mês anterior. Em
outubro, houve expansão de 0,36%, na comparação com setembro.
Neste ano, o IBC-Br registrou retração em janeiro (-0,19%), fevereiro
(-0,34%) e março (-0,18%), além de setembro. Nos demais meses houve
crescimento.
Em relação a outubro de 2011, houve crescimento de 4,96%, de acordo com
o índice sem ajustes para o período, considerado o mais adequado para
esse tipo de comparação. No ano, o IBC-Br cresceu 1,57% e, em 12 meses,
1,5% (sem ajustes).
O IBC-Br é uma forma de avaliar e antecipar a evolução da atividade
econômica brasileira. Mas o índice divulgado em setembro indicava um
crescimento da economia bem maior do que o que realmente foi registrado.
O IBC-Br indicava crescimento de 1,15% (agora revisado para 1,14%) no
terceiro trimestre deste ano comparado com o período anterior, mas a expansão do Produto Interno Bruto (PIB), soma de todos os bens e serviços produzidos no país, ficou em 0,6%.
No dia 30 de novembro, o chefe do Departamento Econômico do BC, Tulio
Maciel argumentou que, apesar de o crescimento da economia no terceiro
trimestre deste ano comparado ao período anterior ter ficado abaixo de
indicadores antecedentes, isso “não significa que o PIB não tenha mostrado reação importante”.
Depois da divulgação do PIB pelo Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE), analistas do mercado financeiro continuaram
revisando para baixo a projeção para o crescimento da economia. A última
estimativa de pesquisa do BC feita com instituições financeiras projeta
crescimento da economia em 1,03%, em 2012.
Neste ano, o governo adotou medidas para estimular a economia, como
concessões de rodovias e ferrovias, aumento no limite de contratação de
operação de crédito para estados, entre outras. Além disso, o Comitê de
Política Monetária (Copom) do BC manteve processo de cortes na taxa
básica de juros, a Selic, de agosto do ano passado até outubro de 2012.
Em novembro, o Copom optou por manter a Selic em 7,25% ao ano.
O acompanhamento do IBC-Br é considerado importante pelo BC para que
haja maior compreensão da atividade econômica. Esse acompanhamento
também contribui para as decisões do Copom.
Agência Brasil
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