Renata Giraldi
Repórter da Agência Brasil
Repórter da Agência Brasil
Brasília – No segundo dia de visita oficial a Moscou, a presidenta
Dilma Rousseff se reúne hoje (14) com o presidente russo, Vladimir
Putin. Eles almoçam juntos e assinam uma série de acordos bilaterais
relativos à educação, ciência, tecnologia e inovação, além de parcerias
em setores estratégicos. Dilma começa o dia com uma oferenda de flores
no túmulo do soldado desconhecido, no Jardim de Alexandre – o primeiro
parque público construído em Moscou.
Ontem (13) a presidenta se reuniu com o primeiro-ministro da Rússia,
Dmitri Medvedev. Dilma fez um convite para que ele visite o país e os
dois conversaram sobre a exportação da carne brasileira. Segundo ela,
Medvedev disse que o resultado será positivo”. A exportação da carne
brasileira sofreu proibições no Japão e outros países por suspeita de
contaminação pelo Mal da Vaca Louca.
Dilma também mencionou a polêmica, no Congresso Nacional, envolvendo
os parlamentares favoráveis e contrários aos vetos relativos aos royalties.
“Eu acredito que a minha decisão foi justa diante da legislação”,
ressaltou. “O Poder Legislativo é autônomo, independente e tem todas as
condições de decidir contrariamente à minha decisão.”
Segundo a presidenta, sua decisão em relação aos royalties
foi motivada pela “distribuição plena dos ganhos do petróleo para todos
os brasileiros”. A proposta do governo é investir os recursos obtidos
em educação. “Eu acho muito importante que tenhamos um compromisso com a
educação no Brasil. Nós vamos ser um país desenvolvido plenamente
quando tivermos uma educação de qualidade para todos.”
Dilma acrescentou que “[para uma educação de qualidade] são
necessários recursos. "O recurso do petróleo é finito, não é renovável.
Portanto, tudo o que ganharmos de petróleo, temos de deixar para a
riqueza mais permanente. E qual é a riqueza mais permanente? É a
educação que cada um carrega”.
A presidenta fica em Moscou até amanhã (15). A previsão é que a
viagem à Rússia seja a última internacional dela este ano. A agenda para
o exterior será retomada em janeiro, provavelmente para o Chile.
Agência Brasil
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