Daniel Lima e Wellton Máximo
Repórteres da Agência Brasil
Repórteres da Agência Brasil
Brasília – O ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciará ainda
hoje (19) novas medidas de reduções do imposto. Em café da manhã com
jornalistas, ele disse que às 16h30 detalhará as ações, que abrangerão o
Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), o Imposto sobre
Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), o Programa de Integração
Social (PIS), a Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social
(Cofins) e a desoneração da folha de pagamentos para a indústria.
Mantega evitou confirmar se as medidas envolvem a prorrogação do IPI
reduzido para automóveis, produtos da linha branca (fogões, geladeiras,
máquinas de lavar e tanquinhos) e móveis e painéis. Ele, no entanto,
disse que o governo pretende incluir novos setores na desoneração da
folha de pagamentos. Nesse modelo, as empresas pagam 1% ou 2% do
faturamento à Previdência Social, em vez de contribuírem com 20% da
folha de pagamento.
Em relação ao PIS e à Cofins, Mantega adiantou que o governo
pretende permitir que as empresas do setor de serviços aproveitem os
créditos tributários. Dessa forma, o setor poderá requerer o abatimento
do tributo cobrado ao longo da cadeia produtiva e pagar somente sobre o
valor adicionado em cada etapa do serviço.
Sobre o ICMS, o ministro informou que pretende detalhar o modelo
final da proposta de unificação das alíquotas do ICMS interestadual, que
eliminará a guerra fiscal entre os estados. Na semana passada, os
governadores do Norte, Nordeste e Centro-Oeste indicaram que
concordariam com a unificação da alíquota em 4% em todos os estados,
desde que o prazo de transição fosse ampliado de oito para dez anos.
Antes da entrevista, Mantega apresentará a proposta final do governo
para a unificação do ICMS interestadual ao presidente da Comissão de
Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, senador Delcídio Amaral (PT-MS).
Pelo acerto, o Senado editará uma resolução para alterar as alíquotas e o
governo mandará uma medida provisória ao Congresso Nacional para mudar o
indexador da dívida dos estados e criar os dois fundos que compensarão
as perdas de arrecadação do ICMS.
Agência Brasil
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