Carolina Gonçalves
Repórter da Agência Brasil
Repórter da Agência Brasil
Brasília – Depois de uma batalha que durou dez dias, o Brasil
conseguiu, há poucas horas, uma vitória internacional histórica, com a
adesão de mais de 120 países à proposta de maior controle sobre o
comércio internacional de três espécies de tubarão - martelo
(hammerheads), galha-branca (oceanic whitetip) e Lamna nasus
(porbeagle), além das raias-jamanta (manta rays). Os animais foram
incluídos no Anexo 2 da16ª Conferência da Convenção sobre Comércio
Internacional das Espécies da Flora e Fauna Selvagens em Perigo de
Extinção (Cites), que terminou hoje (14), em Bangcoc, na Tailândia.
Com a inclusão dessas espécies na lista de alerta da convenção, a
delegação brasileira, formada por dez integrantes do governo ligados à
área ambiental e de relações internacionais e especialistas de
universidades, conquistou um dos acordos ambientais mais importantes da
conferência.
“Os aspectos de conservação e de uso sustentável de tubarões e raias
no nível internacional nessa Conferência das Partes é imensurável. Para
as espécies que propusemos, independentemente de qualquer medida de
conservação a nível nacional, estar no Anexo 2 da Cites é absolutamente
essencial, porque a maior ameaça é a pressão de pesca para produtos
desses animais no comércio internacional, como o caso dos elefantes”,
explicou a analista ambiental, Monica Brick Peres, gerente de
Biodiversidade Aquática e Recursos Pesqueiros (GBA) da Secretaria de
Biodiversidade e Floresta do Ministério do Meio Ambiente.
Monica coordenou a elaboração das propostas no evento que reuniu,
desde o último dia 4, delegações de mais de 170 nações que se debruçaram
sobre o futuro de espécies ameaçadas ou sob risco de extinção.
No Brasil, o governo publicou ontem uma instrução normativa
que proíbe a pesca direcionada, o armazenamento, o transporte e a
comercialização do tubarão galha-branca, conhecida cientificamente como Carcharhinus longimanus.
Agência Brasil
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