Pré-candidato
do seu partido à presidência da República em 2014, como "candidato da
ética", o senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) é denunciado por ter
recebido mesada de R$ 20 mil durante seis meses como deputado estadual
do Amapá justamente pelo parlamentar que presidia a Assembleia, e que
também recebeu os recursos no governo do hoje senador João Capiberibe
(PSB-AP); Randolfe deixou até recibos assinados da complementação ilegal
de salário; ao noticiar o escândalo, Folha decide proteger Randolfe e
acusa o senador Renan Calheiros (PMDB-AL), que apenas encaminhou o caso à
procuradoria-geral da República, comandada por Roberto Gurgel, de
perseguir desafetos
247 - A carreira do senador Randolfe
Rodrigues (PSOL-AP) como "mosqueteiro da ética", num lugar que já foi do
ex-senador Demóstenes Torres, pode estar chegando ao fim. Neste papel,
que constuma gerar alguns segundos de fama, Randolfe alimentava até a
esperança de disputar a presidência da República, em 2014. Mas antes ele
terá de explicar um mensalão, muito bem documentado.
Antes de ser senador, eleito em 2010 pelo Amapá, Randolfe
foi deputado estadual em Macapá, ajudando a dar sustentação ao governo
de João Capiberibe (PSB-AP), que também se elegeu para o Senado na
última eleição. Ambos foram recentemente denunciados à Comissão de Ética
do Senado Federal pelo ex-presidente da Assembleia Legislativa do
Estado do Amapá, Fran Soares Nascimento Junior, numa peça gravíssiva.
Fran acusa Capiberibe de ter pago, durante seis meses, um mensalão de R$
20 mil/mês a vários parlamentares, para garantir a sustentação de seu
governo. Diz que ele próprio recebeu os recursos e afirma que Randolfe
Rodrigues também colocou no bolso o dinheiro ilegal. Mais: Fran diz
ainda que Randolfe chegou até a assinar recibos, que ele apresenta na
denúncia.
Tais recursos faziam muita diferença para os parlamentares
estaduais, uma vez que o salário de um deputado no Amapá, naquele
momento, era de R$ 5.274,87. Randolfe elevou em R$ 20 mil seus
rendimentos, de forma ilegal, nos meses de julho a dezembro de 1999. Na
denúncia, Fran apresenta também gravações, em que o ex-governador
Capiberibe fala claramente que "vinte mil fica com o deputado". Graças a
este mensalão, Capiberibe conseguiu cooptar a Assembleia, que lhe fazia
oposição e aprovou suas contas. Naquele ano, o relator que garantiu
essa aprovação foi justamente Randolfe Rodrigues.
A denúncia, enviada pelo deputado Fran ao conselho de
ética do Senado Federal, foi apenas encaminhada pela casa ao lugar de
direito, que é a Procuradoria-Geral da República, de Roberto Gurgel. No
entanto, ao noticiar, nesta manhã, o caso, a Folha de S. Paulo protege
Randolfe e acusa o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), de
enviar à PGR uma denúncia contra seus desafetos (leia mais aqui).
Quem tem que se explicar, agora, são os senadores Randolfe
Rodrigues (PSOL-AP) e João Capiberibe (PSB-AP). Ambos são apontados na
denúncia do deputado Fran Nascimento como integrantes de uma quadrilha
que sonegou impostos, cometeu os crimes de corrupção ativa e passiva,
prevaricação, peculato, quebra de decoro parlamentar e, claro, formação
de quadrilha.
Ao contrário da denúncia encaminhada por Gurgel na Ação
Penal 470, o mensalão do Amapá é extremamente bem documentado. No
comprovante de pagamento, Randolfe Rodrigues atesta que recebeu da
Assembléia o valor complementar ao seu salário, que não tinha nenhuma
previsão legal. Ou seja: é um caso de cooptação de parlamentares, com
recibo.
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Por isso o evento #desocuparandolfe, via twitter, com proposta de ocupação da prefeitura de Macapá e da Câmara Municipal.
ResponderExcluirExigindo também que a prefeitura desocupe os terrenos ancestrais e os devolva aos índios.
ResponderExcluirColetivo Forajá e #ocuparandolfe - #desocuparandolfe
Todos à praça! Ato público cobra promessas de campanha e desocupação de terras indígenas.
Local: Pça. Veiga Cabral. Dia: 16/9 Início: 14 hs. Passeata em direção à Câmara