Stênio Ribeiro
Repórter da Agência Brasil
Repórter da Agência Brasil
Brasília – O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC)
terminou hoje (6) sua segunda reunião no ano e manteve a taxa básica de
juros (Selic) em 7,25%, em linha com as expectativas da maioria dos
analistas de instituições financeiras, que estimam juros no mesmo
patamar até o final do ano.
Foi a terceira reunião seguida em que o colegiado de diretores do BC
manteve a taxa fixada em 11 de outubro do ano passado, no nível mais
baixo da história do Copom, criado em junho de 1996. A taxa está em
7,25% há cinco meses e assim permanecerá pelo menos até 17 de abril, na
próxima deliberação do Copom.
Em nota divulgada logo depois do final da reunião, ocorrida ontem (5) e
hoje, o Copom informou que vai acompanhar a evolução do cenário
macroeconômico, até a reunião de abril, para então definir os próximos
passos na sua estratégia de política monetária.
A taxa básica de juros teve dez reduções seguidas, de agosto de 2011,
quando estava em 12,5%, a outubro do ano passado, quando foi fixada em
7,25%. Em 14 meses, a Selic perdeu 5,25 pontos percentuais, equivalentes
a 42%, mas a rede bancária não acompanhou a redução dos juros na mesma
proporção.
Pesquisa da Fundação Procon de São Paulo nas sete maiores instituições
bancárias do país mostra que a taxa média cobrada sobre empréstimos
pessoais, em agosto de 2011, era 5,87% ao mês, e a mesma taxa no início
do mês passado era 5,35%, com redução de apenas 8,85%. No mesmo período,
a taxa média sobre cheque especial caiu de 9,56% ao mês para 7,92%, com
queda de 17,15%.
De acordo com o boletim Focus, divulgado na última
segunda-feira (4) pelo BC, a maioria dos analistas financeiros da
iniciativa privada acredita que a Selic deve permanecer no atual
patamar, pelo menos no curto prazo, como forma de estimular a retomada
da atividade econômica, que cresceu só 0,9% no ano passado, de acordo
com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Agência Brasil
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