Mariana Branco
Repórter da Agência Brasil
Brasília – Após ficar deficitária em US$ 448 milhões na terceira
semana de março, a balança comercial brasileira recuperou fôlego e
fechou a quarta semana com superávit de US$ 211 milhões. No entanto, o
saldo positivo não foi suficiente para salvar o resultado acumulado
mensal, que está negativo em US$ 1 milhão. No ano, há déficit acumulado
de US$ 5,315 bilhões. Os números foram divulgados hoje (25) pelo
Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.
O superávit na quarta semana é resultado de US$ 4,882 bilhões em
exportações e US$ 4,671 bilhões em importações. A média diária exportada
chegou a US$ 976,5 bilhões, 8,6% acima da média de US$ 899 bilhões
acumulada até a terceira semana de março. Trata-se da maior média diária
registrada este ano. Antes, o melhor desempenho havia sido US$ 930
bilhões na terceira semana de fevereiro. Os produtos básicos puxaram as
vendas externas no período, com crescimento de 20,1% ante a média
acumulada até a terceira semana. Os principais responsáveis foram
minério de ferro, petróleo bruto, carne de frango e soja e milho em
grão. As exportações de manufaturados cresceram menos, 1,7%. Por outro
lado, as vendas de semimanufaturados recuaram 5,1% no período.
No mês, a média diária exportada pelo Brasil ficou em US$ 923,2
milhões, com retração de 2,9% na comparação com março de 2012. Houve
queda de 3,7% nas vendas externas de produtos básicos, entre eles
petróleo bruto, algodão, farelo de soja, fumo em folhas e café, e de
8,5% nas de manufaturados, principalmente máquinas para terraplanagem,
aviões, óleos combustíveis, partes de motores, motores e geradores. Já
as vendas de semimanufaturados cresceram 18,4% no mês em relação a igual
período do ano passado. Cobre, couros, peles, açúcar e alumínio brutos
foram os itens da pauta de exportações que puxaram a alta.
De acordo com o ministério, os resultados deficitários do primeiro
trimestre de 2013 já eram esperados por causa de uma resolução da
Receita Federal que tornou mais lento o processo de importação de
combustíveis e outras cargas a granel. Compras feitas pela Petrobras no
exterior estão sendo computadas agora. Com o fim do represamento dessas
importações e com o início da safra de grãos brasileira, é esperado que a
balança comercial inicie a recuperação a partir de abril.
Agência Brasil
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