Especialista aponta que os três
principais oponentes da presidente ainda estão em fase de organização e
não devem representar ameaças à petista neste momento.
Após a mais recente pesquisa de intenção de voto para a eleição
presidencial de 2014, divulgada neste fim-de-semana pelo Instituto
Datafolha, o favoritismo da presidente Dilma Rousseff não surpreendeu.
De acordo com Wagner Pralon, professor e cientista político da
Universidade de São Paulo (USP), os novos dados reduzem a chance de que
Eduardo Campos confirme sua presença nas urnas.
"Ele é quem tem a estratégia mais complicada, porque é da base aliada
e isso garante a ele recursos. Campos só vai sair candidato se ele
perceber que a Dilma tem chance de perder. Não tem lógica se afastar da
base aliada, perder recursos e entrar em um barco furado".
Isso é reforçado pela visita de Dilma a Pernambuco nesta
segunda-feira (25/3), em que a presidente se uniu ao governador do
estado para inaugurar obra de adutora, além de anunciar diversos
investimentos na região.
Mais do que o crescimento de quatro pontos percentuais da presidente,
passando de 54% para 58%, o recuo de dois pontos percentuais de Marina
Silva (de 18% para 16%) e Aécio Neves (de 12% para 10%) foi o fator
surpresa do levantamento. O avanço de Eduardo Campos também não chega a
preocupar já que o governador pernambucano atingiu a marca de modestos
6%.
Ao contrário de Campos, Aécio e Marina estão consolidados na oposição e devem ser mais contundentes em seus posicionamentos.
A primeira ação do PSDB deverá ser buscar a estabilidade interna, lidando com José Serra e criando um consenso em torno do nome de Aécio para o pleito. O foco do neto de Tancredo Neves deve ser persuadir e esclarecer o núcleo paulista da legenda sobre as possibilidades reais de sua candidatura.
"No momento, essa candidatura passa por uma construção interna. Vão precisar dialogar com os tucanos paulistas, garantindo que esse núcleo não perderá espaço na gestão do mineiro".
No caso de Marina, sua possível candidatura também enfrenta desafios, tendo em vista que ainda estão sendo coletadas assinaturas para a criação de sua nova sigla, o Rede.
"A Marina está numa tentativa de buscar um discurso alternativo muito difícil, tentando arregimentar insatisfeitos na tentativa de construir uma terceira via. Ela tenta repetir o sucesso que teve nas últimas eleições", avalia Pralon.
Ainda que esteja muito cedo, Aécio e Marina devem unir forças por alguns momentos para tentar desbancar Dilma das possibilidades de vencer já na primeira rodada de votações. Além de utilizar a estratégia comum de criticar o governo federal, ambos devem fazer um esforço adicional para diferenciar as suas candidaturas entre si.
Para o especialista, os dois estão conscientes de que ao final da corridas eleitoral vão estar disputando entre si para enfrentar Dilma no segundo turno, "se isso realmente acontecer".
Diante do favoritismo e da aprovação da presidente, Pralon sinaliza que as candidaturas de Aécio, Marina e Campos representam um "esquenta de tudo o que pode acontecer em 2018, quando os três provavelmente estarão mais cotados para ocupar o lugar de Dilma".
A primeira ação do PSDB deverá ser buscar a estabilidade interna, lidando com José Serra e criando um consenso em torno do nome de Aécio para o pleito. O foco do neto de Tancredo Neves deve ser persuadir e esclarecer o núcleo paulista da legenda sobre as possibilidades reais de sua candidatura.
"No momento, essa candidatura passa por uma construção interna. Vão precisar dialogar com os tucanos paulistas, garantindo que esse núcleo não perderá espaço na gestão do mineiro".
No caso de Marina, sua possível candidatura também enfrenta desafios, tendo em vista que ainda estão sendo coletadas assinaturas para a criação de sua nova sigla, o Rede.
"A Marina está numa tentativa de buscar um discurso alternativo muito difícil, tentando arregimentar insatisfeitos na tentativa de construir uma terceira via. Ela tenta repetir o sucesso que teve nas últimas eleições", avalia Pralon.
Ainda que esteja muito cedo, Aécio e Marina devem unir forças por alguns momentos para tentar desbancar Dilma das possibilidades de vencer já na primeira rodada de votações. Além de utilizar a estratégia comum de criticar o governo federal, ambos devem fazer um esforço adicional para diferenciar as suas candidaturas entre si.
Para o especialista, os dois estão conscientes de que ao final da corridas eleitoral vão estar disputando entre si para enfrentar Dilma no segundo turno, "se isso realmente acontecer".
Diante do favoritismo e da aprovação da presidente, Pralon sinaliza que as candidaturas de Aécio, Marina e Campos representam um "esquenta de tudo o que pode acontecer em 2018, quando os três provavelmente estarão mais cotados para ocupar o lugar de Dilma".
Mas se ainda é cedo para falar de 2014, mais ainda para a eleição
posterior. "O que podemos ter certeza é que os concorrentes da petista
terão que se esforçar muito no próximo ano para conseguirem ao menos um
segundo turno", diz.
Blog do Luis Nassif
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