A Folha de S.Paulo traz em sua primeira
página de hoje a chamada “Governo cede e admite pagar adicional por
grandes obras”. É mais uma típica tentativa do jornal de encontrar um
viés negativo seja qual for a decisão do governo.
O texto
diz que “pressionado por empreiteiras, o governo federal incorporou uma
elevação automática de preços sobre o orçamento inicial de grandes obras
para compensar custos que eventualmente surjam durante a execução”.
Vejam que, primeiro, criticou-se o governo pelos baixos preços e tarifas nas licitações e concessões, respectivamente. Agora criticam por atender o óbvio? Há crescimento nos custos das grandes obras, inclusive pela ação administrativa do TCU (Tribunal de Contas da União) e exigências ambientais.
Essa elevação de preços é chamada de adicional de risco. Esse modelo substituiu os aditivos, extintos em 2011. Como os custos da obra podem ficar acima do contratado, o governo insere um valor extra para compensar essa diferença.
Essa diferença vem seguindo a média histórica dos aditivos anteriores, mas pode ficar abaixo disso. Ao jornal, o diretor de infraestrutura de logística do Ministério do Planejamento, Marcelo Bruto, disse que o adicional de risco oferece maior solidez ao contrato e evita atrasos.
O diretor-executivo do Dnit, Tarcisio Freitas, afirmou que o valor adicional vai variar de acordo com a qualidade do projeto que o órgão vai licitar. Quanto menos detalhes tiver, maior será a taxa. E acrescenta que, nos EUA, após a implantação desse sistema, os custos baixaram 3% e o tempo da obra passou a ser 14% menor.
Blog do Zé Dirceu
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