A
mídia tem falado de um "Triângulo das Bermudas" (a denominação foi dada
há muitos anos pelo deputado Ulysses Guimarães) formado por São Paulo,
Rio e Minas, que criaria dificuldades para a candidatura à reeleição da
presidenta Dilma Rousseff no ano que vem. Ainda é cedo para falar
disso, mas como os três Estados concentram os maiores colégios
eleitorais do país e estamos a pouco mais de um ano da eleição,
amplia-se o número de matérias a respeito.
Os jornais afirmam que
o PMDB ameaça romper com o PT no Rio e que os peemedebistas do
governador Sérgio Cabral ficariam forte com o candidato deles, o
vice-governador Pezão, com a máquina na mão, e nós do PT e o nosso
candidato a governador, senador Lindbergh Farias (PT-RJ), ficaríamos
fracos. Afirmam, também, que o PT tem dificuldades para enfrentar o
candidato tucano a governador de Minas - que nem se sabe, ainda, quem é -
e a força do senador Aécio Neves (PSDB-MG), o concorrente tucano a
presidente da República em 2014.
Assinalam, ainda, que o PT não
conseguiu, até agora, definir um candidato em São Paulo, porque o
ex-presidente Lula preferiria o prefeito de São Bernardo do Campo, Luiz
Marinho; fala-se, também, no nome do ministro da Fazenda, Guido Mantega;
e na candidatura do ministro da Saúde, Alexandre Padilha. Foi mais ou
menos nessa linha a reportagem que o jornal O Globo publicou neste fim
de semana (ontem) sobre a marcha sucessória nos três Estados.
Temos palanques fortes no Sul e no Sudeste
O
Globo está é fazendo política, nada mais, nada menos. Como boa parte da
mídia brasileira gosta de fazer. O PT tem palanques fortes nas regiões
Sul e Sudeste. Fortes como nunca teve no Rio Grande do Sul, Paraná, São
Paulo, Minas e Rio de Janeiro e pode compor palanques com aliados em
Santa Catarina e no Espírito Santo.
O senador Lindbergh é
candidato forte ao governo do Estado e o PT do Rio de Janeiro saiu bem
das urnas em 2012. Idem em Minas Gerais e em São Paulo. Neste último,
por sinal, temos não um candidato no Estado, mas vários. Temos um
preferido, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, e outras opções.
Várias. Já o PSDB tem uma só opção, o governador Geraldo Alckmin,
candidato a reeleição. E ponto.
Temos, então, chances reais de
ganhar nesses Estados e a presidenta Dilma palanques fortes nos três
para alavancar a sua reeleição. São chances e força com as quais o PSDB
não conta na maioria dos Estados, com exceção de São Paulo e Minas
Gerais - o que não é pouca coisa. Mas, registre-se desde já: desta vez
(2014) os tucanos enfrentarão sua mais difícil eleição em São Paulo e
Minas.
É só lembrar a nossa história para confirmar que temos
mais do que capacidade e experiência para enfrentar a questão dos
palanques e das alianças. Temos ideias-força para o próximo mandato;
para o debate com as oposições; temos base social e eleitoral; unidade
no PT e alianças para vencer as eleições; e temos, principalmente, nossa
obra e o reconhecimento da maioria dos brasileiros e brasileiras, esses
sim nosso foco principal no governo e no partido.
Blog do Zé Dirceu
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