quarta-feira, 15 de maio de 2013

JB despreza a mídia que o adula

Dados os chocantes convites que ele distribuiu para que sua viagem à Costa Rica fosse coberta, a verdade é: ele não respeita o jornalismo que se faz no Brasil.
Você pode e deve perguntar, diante do convite que Joaquim Barbosa fez à mídia – de “direita”, segundo ele mesmo numa oscilação abstrusa ao estilo consagrado por Jânio Quadros – para cobrir sua viagem à Costa Rica, com despesas generosamente pagas pelo contribuinte.
O que, você perguntaria, isso significa?

Você leu os textos do Diário. Primeiro, a revelação de que a jornalista do Globo enviada à Costa Rica viajou à custa do dinheiro público para fazer publicidade  fantasiada de jornalismo.
Depois, a informação de que até a Folha, que criou o desprezível expediente de aceitar convites e depois publicar que aceitou como se isso resolvesse o drama ético e moral, até a Folha, eu dizia, recusou o gesto do Barbosa.

Fez, o que é raro, questão de pagar as despesas de seu enviado a uma viagem de absoluta desimportância, como se pode ver hoje, poucos dias depois do retorno da caravana jornalística.  Não sobrou lembrança de nada. Rigorosamente nada.
É como se JB jamais tivesse ido à Costa Rica.
Bem, você leu isso, e depois se perguntou: disso se depreende que JB pensa o que sobre a mídia?

Duas coisas se destacam.
1) Ele tem em baixa consideração as empresas jornalísticas. Para ousar fazer um convite tão eticamente indefensável, ele só pode confiar em que os freios éticos e morais da mídia são extraordinariamente frouxos. se ele não confiasse nisso, não faria o que fez porque poderia enfrentar respostas editoriais complicadas. Algum jornal poderia publicar o convite abjeto, depois de rechaçá-lo, e isso provocaria um constrangimento torrencial em sua imagem moralizadora, aspas.

Ponto importante: em tais situações, quem convida também demonstra seu entendimento do que seja ética.
2) Isto tudo posto, a segunda conclusão é que no caso principalmente do Globo, que não hesitou em aceitar dinheiro público para uma operação menos jornalística e mais publicitária,  JB estava absolutamente certo em sua baixa opinião sobre a ética da mídia.


 

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