Karine Melo
Repórter da Agência Brasil
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Uma experiência bem-sucedida de reinserção social e
profissional de vítimas de trabalho análogo à escravidão em Mato Grosso
vai ser expandida para todo o país. O objetivo do Movimento Ação
Integrada é identificar trabalhadores em risco, oferecer a eles cursos
de qualificação profissional e os encaminhar ao mercado de trabalho.
O projeto nacional foi lançado hoje (6), pelo Sindicato Nacional dos
Auditores do Trabalho (Sinait) e pela Organização Internacional do
Trabalho (OIT), na Subcomissão do Tráfico de Pessoas e Combate ao
Trabalho Escravo do Senado.
Em Mato Grosso, onde o projeto começou há quatro anos, 302
trabalhadores foram beneficiados. Lá, 92% deles foram aprovados em
cursos de qualificação e escolarização. Entre os trabalhadores que
concluíram os cursos, 7 em cada 10 conseguiram empregos formais em 2011.
Assim
como no projeto piloto, nas demais localidades, a expectativa é criar
grande redes de proteção com a participação de empresas públicas e
privadas, além de integrar ações já existentes em estados e municípios.
Segundo a OIT, há aproximadamente 21 milhões de pessoas em situações
de trabalho forçado no mundo. No Brasil,dados da Secretaria de Inspeção
do Trabalho, do Ministério do Trabalho, informam que, entre 1995 e
2011, 41.608 mil pessoas foram retiradas da situação análoga à
escravidão no país.
Durante o lançamento do projeto, a presidenta da Comissão de
Direitos Humanos do Senado, senadora Ana Rita (PT-ES), fez um apelo para
que a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 57A/1999, seja votada na
Casa. O texto prevê a expropriação de propriedades rurais e urbanas onde
forem encontradas situação análoga à escravidão no país. A PEC está
parada na Comissão de Constituição e Justiça.
Agência Brasil
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