Além de culpar novamente o Cade no caso de cartel
praticado em licitações do Metrô e trens metropolitanos no Estado,
governador de São Paulo disse nesta segunda-feira 5 que o governo pode
ainda ser "vítima" no esquema denunciado pela Siemens; "Mas, para isso,
nós temos que ter os dados. Precisamos ter acesso", afirmou o tucano;
multinacional alemã, porém, revelou que havia pagamento de propina a
políticos do PSDB; em evento na capital, ao lado de José Serra, também
acusado de fazer parte do esquema, Geraldo Alckmin disse "que empresas
serão rigorosamente punidas" e que "terão que indenizar o estado"
SP247 - O governador de São Paulo, Geraldo
Alckmin (PSDB), voltou a fazer críticas ao Cade (Conselho Administrativo
de Defesa Econômica) nesta segunda-feira 5, ao comentar a denúncia de
cartel em licitações do Metrô e de trens metropolitanos no Estado. Além
disso, o tucano afirmou que, caso o cartel seja confirmado no Estado, o
governo paulista "é vítima".
"Se caracterizar o cartel, o estado é vítima. Mas, para isso, nós
temos que ter os dados.
Precisamos ter acesso. É lamentável que o estado
de São Paulo tenha que ir à Justiça para ter acesso a documentos para
poder investigar", disse Alckmin, que esteve na abertura do Congresso
Brasileiro de Agronegócio, na capital paulista.
De acordo com denúncia da Siemens, que disse fazer parte do esquema,
havia pagamento de propina a autoridades políticas durante os mais de 20
anos dos governos do PSDB em São Paulo – incluindo as gestões de Mario
Covas, a primeira de Alckmin e ainda de José Serra, que também esteve no
evento desta manhã. Sobre isso, porém, o governador nada comentou.
O governador, que entrou com um mandado de segurança para ter acesso a
todos os dados da investigação que estão sob o poder do Cade, disse
ainda que "comprovado algum tipo de cartel, as empresas serão
rigorosamente punidas e terão que indenizar o estado". Neste domingo,
Serra também exigiu o dinheiro de volta e negou fazer parte do cartel.
"Tudo que eu quero é saber quais eram os entendimentos desses cartéis e
que eles devolvam o dinheiro" (leia mais).
Brasil 247
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