Ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo,
confirmou investigação sobre as propinas pagas nas obras do metrô de São
Paulo, durante os governos dos tucanos Mario Covas, José Serra e
Geraldo Alckmin; ele também negou a acusação de comandar uma polícia
política; "é chegada a hora de os agentes públicos perceberem que é
descabido aplaudirem uma investigação quando os investigados são seus
adversários e acusarem o Cade de perseguição política quando eles são
seus parceiros", disse ele
247 - A guerra
PT-PSDB ganhará nova intensidade nos próximos dias. Isso porque o
ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, confirmou que a Polícia
Federal, subordinada a ele, abriu dois inquéritos para investigar o
chamado "propinoduto tucano", relacionado aos desvios de verbas nas
obras do metrô de São Paulo. Documentos revelados neste sábado também
apontaram que os desvios podem chegar a R$ 577 milhões (leia mais aqui).
"Foram abertos inquéritos, a partir
desses fatos, para apurar a ocorrência de eventuais crimes", disse
Cardozo. "A Polícia Federal acompanhou a busca e apreensão."
O ministro também reagiu à acusação
do secretário da Casa Civil do governo de São Paulo, Edson Aparecido,
que acusou a PF de agir como "polícia política"do PT. "É chegada a hora
de os agentes públicos perceberem que é descabido aplaudirem uma
investigação quando os investigados são seus adversários e acusarem o
Cade de perseguição política quando quem eles são seus parceiros",
reagiu Cardozo. "É lamentável que se tente politizar uma investigação
séria, feita por um órgão isento, reconhecido internacionalmente por sua
qualidade técnica."
Cardozo lembrou ainda que não foi a
Polícia Federal quem inventou a caso, mas a própria multinacional alemã
Siemens que denunciou o pagamento de propinas nas obras do metrô durante
as administrações de Mario Covas, José Serra e Geraldo Alckmin.
Brasil 247
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