seg, 03/11/2014 - 11:11
Atualizado em 03/11/2014 - 11:11
Cíntia Alves
Jornal GGN - É destaque nas páginas políticas dos jornais desta segunda-feira (3) que o PMDB deve se reunir na terça-feira para discutir, entre outras pautas, as reformas já comentadas pela presidente Dilma Rousseff (PT) - política e ministerial -, a regulamentação da mídia e a eleição do novo presidente da Câmara Federal.
Segundo O Globo, o presidente do PMDB, Michel Temer, recebeu da ala do governo a missão de evitar a eleição de um grande desafeto do Planato, o correligionário Eduardo Cunha, que vem reunindo forças para chegar ao posto, quebrando um rodízio acertado com o PT ainda em 2010, pelas principais cadeiras no Congresso. Hoje, os peemedebistas controlam tanto a presidência da Câmara quanto do Senado.
O partido de Dilma, segundo informa a Folha de S. Paulo, estuda lançar um nome contra a candidatura de Eduardo Cunha. Entre os cotados estão os ex-presidentes da Câmara Arlindo Chinaglia (SP) e Marco Maia (RS), além do ex-líder da bancada José Guimarães (CE). Mas, segundo O Globo, os petistas de São Paulo, que enfrentam uma crise de credibilidada dado o desempenho fraco da sigla local na eleição deste ano, sofrem resistência.
Na tentativa de manter o controle e demonstrar força dentro da agremiação, Temer decidiu que continuará no comando do PMDB, em função paralela à vice-presidência da República. Além de tentar desidratar a candidatura de Eduardo Cunha, Temer terá de costurar a reforma política no Congresso, uma das principais promessas de Dilma para o segundo mandato.
Reforma Política
Foi Temer, ainda de acordo com O Globo, quem desenhou o caminho do referendo, deixando a sugestão de Dilma sobre a realização de um plebiscito como plano B. A ideia é que o PMDB apresente um calendário para a discussão da reforma política, com o objetivo inicial de aprovar no Congresso o projeto de iniciativa popular do Movimento de Combate à Corrupção Eleitora. Os parlamentares poderão trabalhar no texto, que iria a referendo popular. Na falta de acordo ou protelação das Casas, a reforma seria viabilizada via plebiscito.
Regulamentação da mídia
Já a regulamentação da mídia vai exigir mais energia dos peemedebistas aliados ao governo. Isso porque membros do partido já demonstram certa resistência em discutir um tema que mexe com os interesses dos grandes grupos de comunicação. O próprio O Globo, ao noticiar o caso, foca nas críticas a uma possível censura imposta à imprensa. O jornal entrevistou o ministro Moreira Franco, indicado do PMDB para a Aviação Civil. Ele disse que não aceita "quebra de liberdade de imprensa", e que Dilma, como vítima da ditadura militar, também não deveria aceitar.
A negativa diante da pauta é tão forte entre os peemedebistas que, ainda de acordo com o O Globo, um grupo já espera que Dilma tente viabilizar a regulamentação sem passar pelo Congresso, por meio de decretos, por exemplo. A alternativa pode frutificar, já que a proposta de Dilma prevê regulamentar os artigos sobre imprensa que já existem na Constitutição de 1988.
Reforma ministerial
De acordo com a coluna de Ilimar Franco, na dança das cadeiras pela titularidade dos ministérios, pouca coisa deve ser alterada. A informação é que os partidos aliados já foram pedir a Aloísio Mercadante que articule com Dilma a manutenção da influência de cada leganda sobre as mesmas pastas.
"A cúpula do PMDB trabalha pela manutenção de Moreira Franco e Vinícius Lages (Turismo), para que Eliseu Padilha volte à Esplanada, após ter sido ministro do governo Fernando Henrique Cardoso. Ainda quer as indicações de Josué Alencar (filho do ex-vice-presidente José Alencar) e da senadora Kátia Abreu (TO). Esses dois últimos, para alguns peemedebistas, entrariam na cota pessoal de Dilma, mas de qualquer forma, são dois nomes de peso do partido e, no ministério, podem acomodar dezenas de correligionários", diz O Globo.
Atualizado em 03/11/2014 - 11:11
Cíntia Alves
Jornal GGN - É destaque nas páginas políticas dos jornais desta segunda-feira (3) que o PMDB deve se reunir na terça-feira para discutir, entre outras pautas, as reformas já comentadas pela presidente Dilma Rousseff (PT) - política e ministerial -, a regulamentação da mídia e a eleição do novo presidente da Câmara Federal.
Segundo O Globo, o presidente do PMDB, Michel Temer, recebeu da ala do governo a missão de evitar a eleição de um grande desafeto do Planato, o correligionário Eduardo Cunha, que vem reunindo forças para chegar ao posto, quebrando um rodízio acertado com o PT ainda em 2010, pelas principais cadeiras no Congresso. Hoje, os peemedebistas controlam tanto a presidência da Câmara quanto do Senado.
O partido de Dilma, segundo informa a Folha de S. Paulo, estuda lançar um nome contra a candidatura de Eduardo Cunha. Entre os cotados estão os ex-presidentes da Câmara Arlindo Chinaglia (SP) e Marco Maia (RS), além do ex-líder da bancada José Guimarães (CE). Mas, segundo O Globo, os petistas de São Paulo, que enfrentam uma crise de credibilidada dado o desempenho fraco da sigla local na eleição deste ano, sofrem resistência.
Na tentativa de manter o controle e demonstrar força dentro da agremiação, Temer decidiu que continuará no comando do PMDB, em função paralela à vice-presidência da República. Além de tentar desidratar a candidatura de Eduardo Cunha, Temer terá de costurar a reforma política no Congresso, uma das principais promessas de Dilma para o segundo mandato.
Reforma Política
Foi Temer, ainda de acordo com O Globo, quem desenhou o caminho do referendo, deixando a sugestão de Dilma sobre a realização de um plebiscito como plano B. A ideia é que o PMDB apresente um calendário para a discussão da reforma política, com o objetivo inicial de aprovar no Congresso o projeto de iniciativa popular do Movimento de Combate à Corrupção Eleitora. Os parlamentares poderão trabalhar no texto, que iria a referendo popular. Na falta de acordo ou protelação das Casas, a reforma seria viabilizada via plebiscito.
Regulamentação da mídia
Já a regulamentação da mídia vai exigir mais energia dos peemedebistas aliados ao governo. Isso porque membros do partido já demonstram certa resistência em discutir um tema que mexe com os interesses dos grandes grupos de comunicação. O próprio O Globo, ao noticiar o caso, foca nas críticas a uma possível censura imposta à imprensa. O jornal entrevistou o ministro Moreira Franco, indicado do PMDB para a Aviação Civil. Ele disse que não aceita "quebra de liberdade de imprensa", e que Dilma, como vítima da ditadura militar, também não deveria aceitar.
A negativa diante da pauta é tão forte entre os peemedebistas que, ainda de acordo com o O Globo, um grupo já espera que Dilma tente viabilizar a regulamentação sem passar pelo Congresso, por meio de decretos, por exemplo. A alternativa pode frutificar, já que a proposta de Dilma prevê regulamentar os artigos sobre imprensa que já existem na Constitutição de 1988.
Reforma ministerial
De acordo com a coluna de Ilimar Franco, na dança das cadeiras pela titularidade dos ministérios, pouca coisa deve ser alterada. A informação é que os partidos aliados já foram pedir a Aloísio Mercadante que articule com Dilma a manutenção da influência de cada leganda sobre as mesmas pastas.
"A cúpula do PMDB trabalha pela manutenção de Moreira Franco e Vinícius Lages (Turismo), para que Eliseu Padilha volte à Esplanada, após ter sido ministro do governo Fernando Henrique Cardoso. Ainda quer as indicações de Josué Alencar (filho do ex-vice-presidente José Alencar) e da senadora Kátia Abreu (TO). Esses dois últimos, para alguns peemedebistas, entrariam na cota pessoal de Dilma, mas de qualquer forma, são dois nomes de peso do partido e, no ministério, podem acomodar dezenas de correligionários", diz O Globo.
Jornal GGN
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