23 de dezembro de 2014 | 09:16 Autor: Fernando Brito
Em qualquer parte do mundo civilizado, acusação, para ser levada a sério, tem dois requisitos: lógica e provas.
Na entrevista que deu ontem ao Jornal Nacional, na falta de provas – que não foram e não são apresentadas – Graça Foster tentou mostrar a falta de lógica das acusações da ex-gerente Venina Velosa da Fonseca, de que a presidente da empresa sabia dos esquemas de corrupção de Paulo Roberto Costa, seu chefe por quase uma década.
Fica claro que Venina tinha todo o acesso possível a Graça e poderia, a qualquer momento que quisesse, ter-lhe dito e mostrado, com os documentos que, como braço direito de Costa, poderia (ou pode) ter reunido.
E que não o fez.
Graça também procurou demonstrar – e as anotações curriculares de Venina, feitas por ela própria em seu Linkedin corroboram – que a história de Cingapura, como se demonstrou aqui, são, na verdade, duas.
A primeira quando foi para lá como subordinada do próprio Paulo Roberto Costa, com quem tinha se desentendido.
A segunda, já com Graça no comando da companhia, quando recebeu (difícil que se receba sem pedi-lo) um posto de comando de uma subsidiária da empresa em Cingapura, com o salário, nada desprezível, de mais de R$ 167 mil reais mensais, afora benefícios como aluguel e escola para dependentes.
Na primeira estada em Cingapura, sob o comando do “ladrão de carreira” Costa, é possível que tenha assinado o contrato de seu hoje ex-marido, Maurício Luz, com a Braskem – que tem 47% de capital pertencente à Petrobras, para trabalhar na mesma Cingapura.
Se isso foi um “exílio” por conta das diferenças surgidas entre parceiros de quase dez anos – Costa e Venina – ela deveria dizê-lo ou, pelo menos, apontar as responsabilidades de Costa no assunto, não sair-se com dramalhões do tipo ser mandada para o outro lado do mundo, histórias de “arma na cabeça”, “não pude ver minha mãe”, etc…
Quem ganha isso pode, perfeitamente, comprar uma passagem de avião quando quiser.
Venina, um mulher bem informada, capaz de dirigir negócios de bilhões, sabe achar o endereço do Ministério Público e se cobrir de garantias.
Não fez isso desde 2009/10 e nem mesmo veio a público, após as denúncias sobre Paulo Roberto Costa ou de sua prisão, em março (março!!!) deste ano para colaborar com as investigações.
Só o fez depois de ser, no final de novembro, apontada como, ao menos, co-responsável por contratos e aditivos feitos pela diretoria ocupada por PRC.
Durante toda a entrevista, é visível a preocupação de Graça Foster de não negar credibilidade aos documentos e informações que Venina, como braço gerencial de Costa possa ter e fornecer.
Ela é, pela posição de proximidade total com o ex-diretor, alguém em condições privilegiadas para saber tudo.
Mas onde estão as informações concretas de Venina, exceto pelo gerente de comunicação denunciado, punido e processado judicialmente de imediato?
Como, ao que conste, Venina não negocia um acordo de demissão premiada, porque o sigilo das informações?
Qual é o interesse em usar o que ela diz agora contra uma dirigente à qual não se acusa de um ato sequer de desonestidade?
Há, porém, uma grande falha nas declarações da presidente da Petrobras.
Ela parte do princípio de que há algum interesse na verdade, quando, de fato, o interesse político está acima de qualquer coisa.
Se a lógica tivesse alguma importância, o pobre cordeiro não tinha virado o almoço do lobo que bebia rio acima.
Não adianta falar e agir como quem quer apenas a verdade.
A verdade tem de ser brandida como arma, porque é ela que faz a mentira tremer.
Em qualquer parte do mundo civilizado, acusação, para ser levada a sério, tem dois requisitos: lógica e provas.
Na entrevista que deu ontem ao Jornal Nacional, na falta de provas – que não foram e não são apresentadas – Graça Foster tentou mostrar a falta de lógica das acusações da ex-gerente Venina Velosa da Fonseca, de que a presidente da empresa sabia dos esquemas de corrupção de Paulo Roberto Costa, seu chefe por quase uma década.
Fica claro que Venina tinha todo o acesso possível a Graça e poderia, a qualquer momento que quisesse, ter-lhe dito e mostrado, com os documentos que, como braço direito de Costa, poderia (ou pode) ter reunido.
E que não o fez.
Graça também procurou demonstrar – e as anotações curriculares de Venina, feitas por ela própria em seu Linkedin corroboram – que a história de Cingapura, como se demonstrou aqui, são, na verdade, duas.
A primeira quando foi para lá como subordinada do próprio Paulo Roberto Costa, com quem tinha se desentendido.
A segunda, já com Graça no comando da companhia, quando recebeu (difícil que se receba sem pedi-lo) um posto de comando de uma subsidiária da empresa em Cingapura, com o salário, nada desprezível, de mais de R$ 167 mil reais mensais, afora benefícios como aluguel e escola para dependentes.
Na primeira estada em Cingapura, sob o comando do “ladrão de carreira” Costa, é possível que tenha assinado o contrato de seu hoje ex-marido, Maurício Luz, com a Braskem – que tem 47% de capital pertencente à Petrobras, para trabalhar na mesma Cingapura.
Se isso foi um “exílio” por conta das diferenças surgidas entre parceiros de quase dez anos – Costa e Venina – ela deveria dizê-lo ou, pelo menos, apontar as responsabilidades de Costa no assunto, não sair-se com dramalhões do tipo ser mandada para o outro lado do mundo, histórias de “arma na cabeça”, “não pude ver minha mãe”, etc…
Quem ganha isso pode, perfeitamente, comprar uma passagem de avião quando quiser.
Venina, um mulher bem informada, capaz de dirigir negócios de bilhões, sabe achar o endereço do Ministério Público e se cobrir de garantias.
Não fez isso desde 2009/10 e nem mesmo veio a público, após as denúncias sobre Paulo Roberto Costa ou de sua prisão, em março (março!!!) deste ano para colaborar com as investigações.
Só o fez depois de ser, no final de novembro, apontada como, ao menos, co-responsável por contratos e aditivos feitos pela diretoria ocupada por PRC.
Durante toda a entrevista, é visível a preocupação de Graça Foster de não negar credibilidade aos documentos e informações que Venina, como braço gerencial de Costa possa ter e fornecer.
Ela é, pela posição de proximidade total com o ex-diretor, alguém em condições privilegiadas para saber tudo.
Mas onde estão as informações concretas de Venina, exceto pelo gerente de comunicação denunciado, punido e processado judicialmente de imediato?
Como, ao que conste, Venina não negocia um acordo de demissão premiada, porque o sigilo das informações?
Qual é o interesse em usar o que ela diz agora contra uma dirigente à qual não se acusa de um ato sequer de desonestidade?
Há, porém, uma grande falha nas declarações da presidente da Petrobras.
Ela parte do princípio de que há algum interesse na verdade, quando, de fato, o interesse político está acima de qualquer coisa.
Se a lógica tivesse alguma importância, o pobre cordeiro não tinha virado o almoço do lobo que bebia rio acima.
Não adianta falar e agir como quem quer apenas a verdade.
A verdade tem de ser brandida como arma, porque é ela que faz a mentira tremer.
Tijolaço
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