Reportagem do jornal eletrônico i9 questiona a atuação pretérita do juiz Sergio Moro, da Operação Lava Jato, ao lado do tributarista Irivaldo Joaquim de Souza, de Maringá, que assessorou o ex-prefeito tucano Jairo Gianoto; em 2006, Gianoto foi condenado por desvio de dinheiro público, formação de quadrilha, e sonegação fiscal; o advogado tributarista Irivaldo, por sua vez, só conseguiu o Habeas Corpus, depois que Moro testemunhou a seu favor
10 de Dezembro de 2014 às 07:25
Do jornal i9 - Nascido em Maringá, no norte do Paraná, Moro é um dos maiores "especialistas" do país na área de lavagem de dinheiro. Formado em direito pela Universidade Estadual de Maringá, seu primeiro serviço foi o escritório do Dr Irivaldo Joaquim de Souza, o maior Tributarista de Maringá.
Dr Irivaldo foi advogado de Jairo Gianoto entre os anos de 1997 a 2000, ex-prefeito de Maringá pelo PSDB, condenado por gestão fraudulenta.
O Tribunal de Justiça do Paraná condenou o ex-prefeito de Maringá em 2010 a devolver cerca de R$ 500 milhões aos cofres públicos. Segundo informação da Promotoria de Justiça de Defesa do Patrimônio Público de Maringá foram condenados por improbidade administrativa o ex-prefeito Jairo Morais Gianoto, o ex-secretário da Fazenda Luis Antônio Paolicchi, e dois ex-servidores municipais: Jorge Aparecido Sossai, então contador, e Rosimeire Castelhano Barbosa, ex-tesoureira, entre outros réus.
Segundo o MP, as decisões se referem a duas ações que tratam de desvios de dinheiro do município de Maringá constatados entre 1997 e 2000, num total de R$ 49.135.218,35 na época do ingresso da ação. O valor atual é atualizado.
De acordo com a sentença o ex-prefeito e o ex secretário da Fazenda "enriqueceram-se ilicitamente através de atos de improbidade administrativa, tendo colaboração dos réus Jorge e Rosimeire" e o dinheiro público "foi utilizado para aquisição de bens, depósitos em contas bancárias, em benefício a Jairo, Paolichi ou terceiros". Cabe recurso à decisão do TJ-PR.
Além de Jairo, Paolicchi, Sossai e Rosimeire, foram condenados nos autos nº 449/2000 a mulher de Gianoto, Neuza Aparecida Duarte Gianoto, o ex-deputado federal José Rodrigues Borba, e os réus Sérgio de Souza Campos, Celso de Souza Campos, Eliane Cristina Carreira, Izaias da Silva Leme, Silvana Aparecida de Souza Campos, Valdenice Ferreira de Souza Leme, Valmir Ferreira Leme, Waldemir Ronaldo Correa, Paulo Cesar Stinghen, Moacir Antônio Dalmolin, a empresa Flórida Importação e Comércio de Veículos Ltda. e o doleiro Alberto Youssef.
A Policia Federal prendeu o ex-prefeito Jairo Gianoto em 2006, por desvio de dinheiro público, formação de quadrilha, e sonegação fiscal, já o advogado Tributarista Irivaldo Joaquim de Souza foi preso, e só conseguiu o Habeas Corpus, depois do Juiz Federal Sérgio Fernando Moro, ter testemunhado ao seu favor.
O doleiro Alberto Youssef, "o laranja de Moro"
Entre os investigados “Um dos nomes sob investigação, o ex-secretário da Fazenda de Maringá, Luís Antônio Paolicchi, apontado como pivô do esquema de corrupção, afirmou, em depoimento à Justiça, que as campanhas de políticos do Paraná, como o governador Jaime Lerner (DEM) e o senador Álvaro Dias (PSDB), foram beneficiadas com dinheiro desviado dos cofres públicos, em operações que teriam sido comandadas pelo ex-prefeito Gianoto através do doleiro Youssef
Álvaro Dias
A campanha em questão foi a de 1998. “A pessoa que coordenava (o comitê de Lerner em Maringá) era o senhor João Carvalho (Pinto, atual chefe do Núcleo Regional da Secretaria Estadual de Agricultura), que sempre vinha ao meu gabinete e pegava recursos, em dinheiro”, afirmou Paolicchi, que não revelou quanto teria destinado à campanha do governador -o qual não saberia diretamente do esquema, segundo ele.
Quanto a Dias, o ex-secretário disse que Gianoto determinou o pagamento, “com recursos da prefeitura”, do fretamento de um jatinho do doleiro Alberto Youssef, que teria sido usado pelo senador durante a campanha.
“O prefeito (Gianoto) chamou o Alberto Youssef e pediu para deixar um avião à disposição do senador. E depois, quando acabou a campanha, eu até levei um susto quando veio a conta para pagar. (…) Eu me lembro que paguei, pelo táxi aéreo, duzentos e tantos mil reais na época”, afirmou.”.
Por Fim...
O advogado Irivaldo Joaquim de Souza, Mestre em assuntos tributários no Estado do Paraná, e "mentor" de Moro, continua a advogar para prefeitura de Maringá em especial para a Família Barros.
Silvio de Barros I contraiu, e Silvio de Barros II "pagou"....
A Prefeitura de Maringá saiu vencedora no processo de cobrança de dívidas contraídas pelo município junto à Caixa Econômica Federal entre 1970 e 1980 na gestão de Silvio de Barros I. Em 2011, O prefeito Silvio de Barros II, anunciou a decisão final da Justiça que deixa a dívida alegada de R$ 380 milhões para cerca de R$ 68 milhões.
Acompanhado do advogado Irivaldo Joaquim de Souza na época, que defendeu o município no processo, o prefeito Silvio de Barros na época explicou que a decisão restaura o poder financeiro do município. “As contas da Prefeitura ficam saneadas e com poder de contrair empréstimos para grandes projetos”, disse.
A decisão que favoreceu o advogado e a família Barros, foi dada pelo ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), rejeitando o último recurso apresentado pela CEF e pela União, leva a dívida alegada de aproximadamente R$ 380 milhões para cerca de R$ 68 milhões, valor que representa 10% da receita anual do município.
Família Barros do PSDB
Os irmãos Silvio e Ricardo Barros são do PP, partido de sustentação do Governo de Beto Richa. Ricardo Barros é Secretário de Indústria e Comércio do Estado Paraná, chegando a representar, Richa em alguns eventos.
Nas eleições deste ano, Ricardo Barros conseguiu emplacar sua esposa Cida Borghetti, como vice de Beto Richa, em detrimento de Flávio Arns, atual vice.
Segundo o Blogueiro Esmael Morais, Silvio e Ricardo Barros tem cadeiras cativas no Governo Beto Richa, e Cida Borguetti, ambos do PSDB...
Brasil 247
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