Quem não se lembra do roubo das provas do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) em 2009, quando alguns jovens que trabalhavam na gráfica responsável pela impressão roubaram cópias e tentaram vendê-las a um grande jornal de São Paulo? Dois anos depois, temos um desfecho importante. A Justiça Federal condenou quatro dos cinco envolvidos no episódio.
Felipe Pradella, funcionário do consórcio responsável por imprimir a prova e que teria sido o mentor do roubo das provas, foi condenado a cinco anos e três meses de reclusão, acusado por violação de sigilo funcional e corrupção passiva. Seus colegas Filipe Ribeiro e Marcelo Sena, também ex-funcionários do consórcio, foram condenados a quatro anos e seis meses pelos mesmos crimes. No caso do DJ Gregory Camillo, acusado de intermediar o contato com a imprensa para vender a prova, a pena - de dois anos e quatro meses de reclusão - foi substituída por prestação de serviço comunitário.
O episódio foi grave. Por ocasião do roubo das provas, o Ministério da Educação foi obrigado a adiar o exame, trazendo transtornos para mais de 4 milhões de inscritos. O prejuízo com a reelaboração das provas e sua impressão foi estimado em R$ 45 milhões. Agora, com o anúncio da decisão da Justiça, fica evidente que o governo não teve nenhuma responsabilidade no vazamento de informações sigilosas do ENEM nessa história. Mas, a oposição e a própria mídia, envolvida direta e indiretamente no caso, usaram e abusaram do caso para atacar o governo e o ministério da educação.
Imprensa explorou o fato com versão falsa
É bom lembrar que muitos articulistas da imprensa, particularmente os de sempre, e jornalistas expoentes de emissoras de TV, sem falar os de rádios, abusaram do espaço e da confiança dos seus leitores, telespectadores e ouvintes para explorar ao máximo o fato com uma versão absolutamente falsa: a de que a responsabilidade pelo crime era do governo e que o acontecido provava a incompetência ou omissão do governo. Agora com a decisão da Justiça, ficou provado que essa versão não é verdadeira.
Blog do Zé Dirceu
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