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Petrobras inaugura nova geopolítica, diz vice-premiê britânico
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PEDRO SOARES
DO RIO
O vice-primeiro-ministro do Reino Unido, Nick Clegg, disse nesta quarta-feira que "os planos" e investimento da Petrobras --e do Brasil-- vão inaugurar uma "nova geopolítica global" na área de petróleo.
"O que vocês estão fazendo é uma transformação de longo prazo", afirmou Clegg, na abertura de seminário com executivos dos dois países, na sede da Petrobras, no Rio.
Clegg disse que o Reino Unido pretende atuar sob a ótica da "cooperação" com o Brasil e a Petrobras na área de energia e buscar uma reaproximação nas relações entre os dois países.
O vice-primeiro-ministro disse que Brasil e Reino Unido já foram "muito próximos" principalmente até o século 19, mas se afastaram a partir da segunda metade do século 20. Estreitar novamente os laços, diz, "é o compromisso do governo britânico."
Uma das áreas de cooperação, afirma, é a de educação, na qual o Reino Unido tem "excelência".
O vice-primeiro-ministro ressaltou que o Reino Unido possui um projeto de qualificação de 250 mil jovens em todo o país, menos do que a Petrobras espera capacitar somente na indústria do petróleo --290 mil pessoas nos próximos anos.
Para o presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, é natural uma mudança de eixo da geopolítica do petróleo, já que o consumo de derivados aumenta mais rapidamente na China, Índia, Brasil e África, onde há "crescimento econômico com inclusão social".
Diante disso, diz, "os fluxos" de exportações e importações entre esses países vão aumentar muito no futuro. Já no caso da expansão da oferta de petróleo cru, afirma, o Brasil será o principal responsável pela produção adicional de óleo graças às descobertas do pré-sal.
COMÉRCIO
Já Stephen Green, ministro-adjunto de Comércio do Reino Unido, vê oportunidades de negócios com o Brasil e
incremento nas exportações britânicas nas áreas de serviços financeiros, energia, consultorias e engenharia.
A meta do governo britânico é dobrar as exportações para o Brasil até 2015, atingindo 4 bilhões de libras (R$ 10,8 bilhões) naquele ano.
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