O título do artigo diz tudo: “Parem de mimar os ricos“.
Buffett não poderia ser mais claro. Usa o valor do que ele próprio paga de imposto de renda e o compara com o que pagam seus subordinados: é ele quem paga menos, proporcionalmente.
Tudo o que ele diz sobre os Estados Unidos, mais seriamente se poderia dizer sobre o Brasil.
Já tivemos 13 alíquotas diferentes de Imposto de Renda, variando entre zero e 55% da renda, de acordo com seu valor. Chegamos a ter apenas duas e, hoje, são cinco, até 27,5%, no máximo. Os EUA, por exemplo, têm cinco faixas, com alíquota maior de 39,6%. No Reino Unido, são três faixas, de 20% a 40%. A França mantém 12 faixas (5% a 57%), e a China nove faixas (15% a 45%).
Além dos pobres, castigados por um sistema regressivo de impostos, que carrega o preço dos produtos muito mais fortemente que a renda – um estudo do Ipea mostra que os pobres pagam, proporcionalmente, três vezes mais ICMS que os ricos – também a nossa classe média é onerada de forma injusta. A incidência percentual de Imposto de Renda é a mesma para quem ganha R$ 3,7 mil ou R$ 370 mil por mês.
Nos últimos anos, até que se diminuiu essa injustiça, criando faixas mais baixas de tributação para rendas menores (7,5%, para renda até 2.246,75) e uma mínima ampliação (de 25% para 27,5%) para a faixa mais alta, embora o “alta” aqui seja uma piada,, em termos mundiais. Mesmo assim, como você vê na tabela, um imposto de renda baixo, em relação a quase todos os países do mundo.
E do qual os mega-rendimentos, por uma série de artifícios, escapam, enquanto o assalariariado não tem como fugir.
Quem sabe um dia apareçam aqui também grandes empresários e investidores que tenham a coragem de dizer o que o bilionário Buffett? Vale a pena ler o seu artigo, que posto no blog Projeto Nacional.
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