Até a Colômbia, do presidente Juan Manuel Santos, sucessor do direitista Álvaro Uribe, aproxima-se dos governos de diálogo e de ampliação da democracia na América do Sul. São governos que resgataram os recursos naturais, reorganizaram o Estado e distribuíram renda, apoiaram o crescimento no mercado interno e nos investimentos públicos e criaram as condições para os investimentos privados.
Com seu governo de direita, único no continente - saudado e aplaudido pelo DEM no Brasil -, o Chile vive, assim, sua hora decisiva. Pode e deve avançar rompendo de vez com o entulho autoritário da era Pinochet, que muitos dos que governam com Piñera participaram ou são herdeiros.
A rebelião dos jovens chilenos que tomaram praças e ruas é parte de um processo muito mais amplo, de uma revolta social e política. Ela exige da esquerda chilena uma ruptura também com o modelo de política e com o programa que durante 20 anos ela aplicou no Chile, com grandes avanços democráticos e sociais, mas incapaz de mudar definitivamente o modelo econômico e, tampouco, o modelo político herdado da ditadura.
Para compreender em toda a extensão a crise chilena, leia também o post Piñera: como tornar-se o presidente mais impopular da história.
Blog do Zé Dirceu
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