Brasília – Ao participar hoje (15) da cerimônia de posse do procurador-geral da República, Roberto Gurgel, reconduzido ao cargo, a presidenta Dilma Rousseff disse que fará o que estiver ao seu alcance para coibir abusos, excessos e afronta à dignidade de qualquer cidadão que venha a ser investigado.
“Onde o crime organizado atuar, vamos combater com firmeza, utilizando os instrumentos de investigação e punição de que o governo dispõe”, assinalou Dilma, no Palácio do Planalto. Em seguida, acrescentou: “Tenho o dever de afirmar que farei tudo que estiver ao meu alcance para coibir abusos, excessos e afronta à dignidade de qualquer cidadão que venha a ser investigado. Meu governo quer uma Justiça eficaz, mas sóbria e democrática, senhora da razão e incontestável em suas atitudes e providências.”
Dilma falou sobre a necessidade de garantir tratamento digno aos investigados três dias após o vazamento das fotos de seis presos durante a Operação Voucher, que apura o desvio de recursos públicos destinados ao Ministério do Turismo por meio de emendas parlamentares. Nas fotos, os suspeitos aparecem sem camisa, segurando uma placa de identificação. Na sexta-feira (12), o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, pediu ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ) que apure o vazamento.
A presidenta disse também que temos “excelentes motivos” para confiar em nossas instituições. “Temos excelentes motivos para confiar nas nossas instituições, pois todos compartilhamos dos valores que balizam a Justiça, o respeito aos direitos individuais, a igualdade de todos perante a lei, a respeito a dignidade humana e a rigorosa presunção de inocência. Só assim temos a certeza de que a justiça prevalecerá.”
Empossado por Dilma, que o reconduziu ao cargo, Roberto Gurgel disse que continuará trabalhando cotidianamente por um Ministério Público independente. “Continuaremos agindo com independência, interação com os órgãos de controle, com firmeza e equilíbrio, firmeza e seriedade.”
O procurador-geral da República exerce a chefia do Ministério Público da União e do Ministério Público Federal, além de atuar como procurador-geral Eleitoral.
Agência Brasil
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