Ex-presidente da Petrobras e atual secretário de
planejamento do governo da Bahia vai novamente ao Senado tentar
esclarecer a compra da refinaria americana, em 2005, por US$1,8 bilhão,
era dez vezes maior do que o valor de mercado. Mais do que tentar provar
que não houve irregularidades, Gabrielli sustentará que a transação
fazia sentido na conjuntura de 2004 a 2006, época da descoberta do
pré-sal
247 - O ex-presidente da Petrobras, José Sergio
Gabrielli, vai novamente ao Senado tentar esclarecer a compra da
refinaria americana de Pasadena, adquirida pela estatal em 2005. Ele foi
convidado, após aprovação de requerimento do senador Ivo Cassol
(PP-RO).
A transação é investigada pelo Tribunal de Contas da União (TCU) e
pelo Ministério Público Federal (MPF), por suspeitas de corrupção e de
um prejuízo bilionário causado aos cofres da estatal.
Segundo reportagem do Valor,
em sua defesa, o atual secretário de planejamento do governo da Bahia
vai sustentar que a aquisição de Pasadena teria sido "um negócio de
refino igual aos outros na sua época".
A compra aconteceu na época em que Gabrielli era presidente da
companhia. Denúncias veiculadas pela revista Veja apontam que o preço
pelo qual a refinaria foi adquirida, US$1,8 bilhão, era dez vezes maior
do que o valor de mercado.
A transação também está sendo avaliada pelo Tribunal de Contas da
União. A audiência com Gabrielli acontecerá pela manhã, na primeira
sessão da comissão, após o fim do recesso branco no Senado.
Mais do que tentar provar que não houve irregularidades na aquisição,
Gabrielli sustentará que a transação fazia sentido na conjuntura de
2004 a 2006, época da descoberta do pré-sal.
Em maio, a atual presidente da Petrobras, Graça Foster, chegou a
dizer que, se a estatal tivesse as informações que tem hoje, não teria
fechado o negócio. No ano passado, a refinaria chegou a entrar no plano
de desinvestimento da estatal, mas a Petrobras só conseguiu uma oferta
de US$ 80 milhões a US$ 100 milhões por 100% da refinaria, o que levou à
retirada do ativo da lista de vendas para arrecadar US$ 9,9 bilhões.
Brasil 247
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