segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

Costa ao 247: "não há nada comprovado" contra o PT





Líder do PT no Senado, Humberto Costa afirmou ao 247 que o partido está sendo acusado "injustamente" de integrar o esquema de corrupção na Petrobras porque "não existe nada comprovado"; parlamentar lembrou que, durante a campanha eleitoral, a presidente Dilma Rousseff se comprometeu em tomar medidas de combate à corrupção; Diretório Nacional do partido aprovou resolução prevendo a expulsão de membros da legenda caso seja comprovado o envolvimento de petistas em operações ilegais na estatal; "Não podemos ficar apenas no discurso, e não punir quem tiver envolvido com o esquema", disse

30 de Novembro de 2014 às 18:17





Leonardo Lucena, do Pernambuco 247 – O líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), afirmou que o partido está sendo acusado "injustamente" de integrar o esquema de corrupção na Petrobras porque "não existe nada comprovado". A Operação Lava Jato, da Polícia Federal (PF), investiga desvios de recursos públicos e lavagem de dinheiro em nível nacional. Segundo a PF, pelo menos R$ 10 bilhões teriam sido desviados em um esquema que envolve políticos, empreiteiras e a Petrobras.

O senador lembrou que, durante a campanha eleitoral, a presidente Dilma Rousseff (PT) se comprometeu em tomar medidas de combate à corrupção. No último sábado (29), o Diretório Nacional do partido aprovou uma resolução prevendo a expulsão de membros da legenda caso seja comprovado o envolvimento de petistas em operações ilegais na Petrobras. "Não podemos ficar apenas no discurso, e não punir quem estiver envolvido com o esquema", disse Humberto.

A Petrobras divulgou, neste domingo (30), um documento com medidas para colaborar com as investigações da PF. "Foram constituídas e concluídas Comissões Internas de Apuração para averiguar indícios ou ocorrências de não conformidades relativas a normas, procedimentos ou regulamentos corporativos", diz um trecho do comunicado (leia mais aqui).

O Ministério Público Federal (MPF) informou, na semana passada, que o esquema de corrupção na Petrobras ocorre, pelo menos, desde 1999, ainda no governo do então presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB). "Muito embora não seja possível dimensionar o valor total do dano é possível afirmar que o esquema criminoso atuava há pelo menos 15 anos na Petrobras, pelo que a medida proposta (sequestro patrimonial das empresas) ora intentada não se mostra excessiva", diz o MPF, em parecer.

Para Humberto Costa, não cabe ao PT dizer à sociedade que o esquema teve início no governo tucano. "Isso aí é papel do Ministério Público", frisou. As investigações apontaram que empresas pagavam propina para serem beneficiadas em contratos com a Petrobras. Segundo o ex-diretor de Abastecimento da estatal Paulo Roberto Costa, o dinheiro abastecia, principalmente, PT, PMDB e PP. Partidos como PSB e PSDB também foram beneficiados.

A Procuradoria da República pediu o confisco patrimonial de sete empreiteiras: Andrade Gutierrez, Camargo Corrêa, Engevix, Galvão Engenharia, Iesa Óleo e Gás, Mendes Junior e Queiroz Galvão. Juntas, essas empresas mantêm contratos com a Petrobrás no montante de R$ 59,4 bilhões. Outras empreiteiras investigadas pela Justiça Federal são Iesa, OAS, Odebrecht e UTC.

Ministério no governo Dilma

O parlamentar desconversou sobre a suposta luta do PT pernambucano para ter um ministério no governo Dilma. De acordo com informações da coluna Panorama Político, deste domingo (30), no Globo, o PT-PE estaria lutando por um ministério para tentar se reerguer. "Não existe isso. O PT de Pernambuco já demonstrou que tem força, com ideias expressivas. O Nordeste não é comandado por Pernambuco", disse.
 
 
 
Brasil 247

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