quarta-feira, 16 de setembro de 2015

Chico joga com time do MST


15 setembro 2015                                 Miguel do Rosário



Olha só que reportagem legal.

Nessa fase terrível em que vivemos, de coxinhamento crescente da classe artística, é um alívio saber que ainda existem artistas como Chico Buarque.

Além de membros do MST, estavam presentes, jogando com camisa do MST, vários diretores (inclusive o presidente, José Maria Rangel) da Federação Única dos Petroleiros (FUP).

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Em amistoso de futebol, Chico Buarque e MST ‘trocam camisas’

Entre um papo e outro, os Sem Terra apresentaram ao Chico a nova campanha da Escola Nacional Florestan Fernandes: a nomeação do campo de futebol da Escola de “Sócrates Brasileiro”.

Por Luiz Felipe Albuquerque

Um jogo atípico. De um lado, um time formado por alguns militantes do MST. Do outro, o time do cantor e compositor Chico Buarque de Hollanda, o Politeama.

Foi esse o clássico desta segunda-feira (14), num campinho no bairro do Recreio, na cidade do Rio de Janeiro. Sete para cada lado, uma hora de partida.

Além do próprio Chico, Carlinhos Vergueiro e Chico Batera também estiveram em campo. Este último emprestado ao time dos Sem Terra. Resultado final: 7x7, melhor do que o último amistoso entre o time do MST e o Politeama, quando este ganhou dos Sem Terra no final dos anos de 1990.

Entre um papo e outro, os Sem Terra apresentaram ao Chico a nova campanha da Escola Nacional Florestan Fernandes (ENFF), a nomeação do campo de futebol da Escola de “Sócrates Brasileiro”.

Como costume da ENFF, seus espaços são homenageados com nomes de lutadores e lutadoras da classe trabalhadora. Assim é o refeitório, chamado de Josué de Castro, ou a Plenária Rosa Luxemburgo, ou os auditórios Patativa do Assaré e Pagu. E assim será o campinho da escola: Sócrates Brasileiro.

“Perfeita escolha porque tem tudo a ver”, diz Chico. “Um grande companheiro de peladas, bate papo, cerveja e tudo mais”, recorda o compositor, que diz ficar “orgulhoso de ter participado da origem” da Escola.

A ENFF foi fruto da Coleção Terra, uma coletânea de músicas de Chico Buarque, fotos de Sebastião Salgado e texto de José Saramago, que doaram todos os direitos autorais aos Sem Terra para que a escola fosse construída.

Voltando à homenagem ao Sócrates, Chico ainda afirma que se “ele estivesse aqui estaria apoiando a Escola e o MST”, já que “participou de todas as lutas pela democracia” e “foi sempre muito firme na defesa de sua classe”.

“Um grande amigo”, que “todo mundo sabe a bola que batia”. Porém, para Chico, uma errata tem que ser feita na história do futebol brasileiro. Sócrates não se aposentou pelo Flamengo.

“Não é verdade, ele veio aqui e jogou conosco pelo Politeama e foi campeão nos anos 90”, brinca o compositor. “É um amigo que faz muita falta e é muito bom que vocês lembrem dele com o campinho de futebol”, afirma.

Ainda sem data específica, a próxima partida entre os Sem Terra e o Politeama já está marcada. Será na ENFF, na inauguração do Campo Sócrates Brasileiro.

Confira o vídeo realizado pela equipe da Telesur:






O Cafezinho

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