Num duro ataque contra os que querem tirá-la do cargo, presidente afirmou hoje em entrevista que há pessoas no Brasil que torcem pelo "quanto pior, melhor", à espera de "uma oportunidade para pescar em águas turvas"; "Esses método, que é querer utilizar a crise como um mecanismo para você chegar ao poder, é uma versão moderna do golpe", afirmou Dilma Rousseff, dias depois de a oposição ter lançado um movimento pró-impeachment na Câmara; ela disse ontem que o governo fará "de tudo" para impedir ações antidemocráticas; sobre a perda do grau de investimento do Brasil, Dilma citou outros países que passaram pela mesma situação; "O Brasil é muito maior que sua nota. Todos voltaram a crescer e vai ser assim com o Brasil"; mais tarde, durante discurso em Presidente Prudente (SP), Dilma ressaltou que "qualquer forma de encurtar o caminho da rotatividade democrática é golpe"
16 DE SETEMBRO DE 2015 ÀS 10:17
(Reuters) - A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta quarta-feira que tentativas da oposição de usar a crise para chegar ao poder são uma "versão moderna" de golpe, num duro ataque contra os que querem tirá-la do cargo.
Em entrevista à rádio Comercial de Presidente Prudente (SP), onde fará entrega de unidades do programa Minha Casa Minha Vida nesta quarta, a presidente disse que há pessoas no Brasil que torcem pelo "quanto pior, melhor", à espera de "uma oportunidade para pescar em águas turvas".
"Esses método, que é querer utilizar a crise como um mecanismo para você chegar ao poder, é uma versão moderna do golpe", afirmou.
Partidos de oposição lançaram na última semana um movimento formal pró-impeachment e deram mais um passo na terça-feira ao apresentar uma questão de ordem ao presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), pedindo um posicionamento sobre diversos procedimentos relacionados ao tema.
A oposição vem avisando que pretende apresentar um recurso caso Cunha rejeite os pedidos de impeachment que aguardam decisão na Casa.
"Acredito que tem ainda no Brasil, infelizmente, pessoas que não se conformam que nós sejamos uma democracia sólida, cujo fundamento maior é a legitimidade dada pelo voto popular", disse Dilma na entrevista, quando perguntada sobre a atual situação política que o governo atravessa.
Em meio a um quadro de recessão econômica e crise política, a presidente defendeu que o país se una, "independentemente de posições e interesses pessoais e partidários", para mudar a situação atual.
"É fundamental muita calma nessa hora, muita tranquilidade", disse. "O governo trabalha diuturnamente, incansavelmente, para garantir a estabilidade econômica e política do país", afirmou.
Dilma ainda reiterou confiança na recuperação econômica por meio das medidas que vêm sendo tomadas pelo governo, como o pacote de ajuste fiscal anunciado esta semana com o objetivo de assegurar superávit primário no Orçamento de 2016.
"Nós estamos trabalhando intensamente para que nossa macroeconomia, nossa economia, se torne cada vez mais sólida para aumentar a confiança dos agentes econômicos em relação aos investimentos, para permitir que o Brasil volte a crescer.
Por Pedro Fonseca no Rio de Janeiro
Btasil 247
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