A saída agora certa do Ministro Nélson Jobim do Ministério da Defesa preenche uma lacuna no Governo brasileiro.
Jobim não soma uma palha à sustentação política do Governo Dilma, e vocês verão que não correrá uma lágrima – talvez, algumas de crocodilo – no PMDB, ao qual é filiado.
Jobim não soma coisa alguma ao entendimento entre o Governo e nossos chefes militares, “qualidade” em que fundamenta sua permanência no Governo.
Jobim não soma coisa alguma á eficiência dos entes ligados a seu ministério, como a ANAC e a Infraero, embora a mídia se lambuze nos problemas dos aeroportos sem pedir uma palavrinha sequer a ele sobre os problemas do setor. Aliás, ser queridinho da mídia foi a maior das razões de ele ter ido para o Governo Lula, em meio à crise aérea. A única medida que anunciou foi aquela do aumento das poltronas, que nunca ocorreu.
Jobim se apóia, isso sim, na sua própria arrogância, no seu falar alto, quase aos berros, procurando intimidar com o seu currículo de 3 em um – relator da constituinte, ministro (de FH e depois de Lula, e integrante do Supremo.
Eleição, mesmo, só disputou uma, a de deputado federal em 1986, onde o ajudou a memória do avô, Walter Jobim, governador do Rio Grande pelo PSD em 1946.
Ninguém sentirá falta de Jobim. A sua demissão só será incômodo, mesmo, para o PSDB, que terá de abrigar mais um pavão em seu tucanário.
Blog do Brizola Neto - Tijolaço
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