qua, 02/07/2014 - 11:10
- Atualizado em 02/07/2014 - 11:47
Enviado por Fred.KG
Do Governo do Rio Grande do Sul
Em São Leopoldo, a presidente Dilma
Rousseff, o governador Tarso Genro, o presidente da Hana Mícron, Chan Ho
Cho, e o presidente da HT Micron no Brasil, Ricardo Felizzola,
inauguraram neste sábado (7) a maior fábrica do Hemisfério Sul de
encapsulamento e testes de semicondutores. Localizado dentro do complexo
Tecnosinos, o empreendimento da HT Micron já recebeu R$ 120 milhões dos
R$ 200 milhões previstos até 2019. A unidade teve apoio financeiro do
Badesul, Banrisul, Finep e BNDES, além de incentivos fiscais do Governo
do Estado e município.
"Este é um momento de comemoração da boa
parceria entre uma empresa brasileira, uma coreana, a União, o Estado e
o município", afirmou Dilma. A educação no Brasil – garantiu ela -,
terá cada vez mais papel estratégico, como a formação profissional de
cientistas, pesquisadores e técnicos. Assim o país entrará, seguramente,
em definitivo na economia do conhecimento. A presidente brincou ao
dizer que tem ouvido um trocadilho sobre a região - “o vale do
sul-lício”. Mas acrescentou: “aqui podemos de fato estar estruturando o
vale do silício brasileiro”
O governador Tarso Genro ressaltou a
sinergia entre União, Estado, município e academia como responsáveis por
empreendimentos como o da fábrica da HT Mícron. “Isso enche o Rio
Grande do Sul de orgulho e satisfação”, disse. Tarso falou da boa fase
do Estado, com o crescimento de 3,2% do Produto Interno Bruto (PIB) no
primeiro trimestre em 2014, sobre o resultado do mesmo período do ano
anterior. “Estamos dando uma boa contribuição ao PIB nacional”. O
governador também comemorou a já registrada redução das desigualdades
sociais e regionais no RS, assim como a melhoria do Índice de
Desenvolvimento Humano no Estado.
Tarso e Dilma saudaram o empresário
Ricardo Felizzola, o sul-coreano Chang Ho, Choi, e o reitor da Unisinos,
padre Marcelo de Aquino. Em seu pronunciamento, o presidente da Hana
Micron e também do conselho de administração da HT Micron, Chan Ho, Cho,
afirmou que em três a cinco anos a indústria de semicondutores do
Brasil estará estruturada e terá como base a HT Mícron. Ricardo
Felizzola disse que a fábrica é a consolidação de um projeto referencial
para o Rio Grande do Sul e Brasil, um exemplo de interação entre
universidade, empresas e políticas de governo coerentes com o
desenvolvimento tecnológico. O prefeito de São Leopoldo, Anibal Moacir
da Silva observou: “Queremos o Vale do Silício no Vale dos Sinos”.
Apoio financeiro
No investimento da fábrica de
encapsulamento de semicondutores, o Badesul aportou R$ 35,7 milhões e o
Banrisul R$ 13 milhões. A meta da HT Micron é faturar mais de R$ 1
bilhão nos próximos cinco anos. A empresa está inserida na cadeia
moderna de produtos eletrônicos da Tecnologia da Informação (tablets,
notebooks, smartphones). Produz smart chips, solid-state drive (SSD) e
MCP, entre outros componentes de TI. A unidade terá capacidade para
encapsular 360 milhões de chips/ano em 2019. Hoje o Brasil produz
somente 2% dos chips que consome. Quando a unidade da HT Micron atingir
sua produção plena, o percentual se ampliará para 20%. Assim, será
reduzido o déficit na balança comercial do país, causado pela importação
de semicondutores.
A HT Micron, que ocupa 10 mil metros
quadrados de área construída no Tecnosinos, dos quais 7,5 mil metros de
“sala limpa”, gera 340 empregos diretos. Está prevista a criação de 800,
diretos, nos próximos anos. A HT Micron é empresa fundada em 2009,
numa joint-venture com a sul-coreana Hana Micron e a brasileira Parit
(detém 50% do controle da HT Micron). A Parit é uma holding de
investimentos com participação das empresas Altus e HT
Micron. Participaram da cerimônia os ministros do Desenvolvimento
Agrário, Miguel Rosseto, da Educação, Henrique Paim, da Ciência
Tecnologia e Inovação, Clélio Diniz, e o das Cidades, Gilberto Occhi.
Texto: Heron Vidal
Jornal GGN - Blog do Luis Nassif
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